Narcotraficante paraguaio usava como escolta veículos de luxo e até caminhão. Vai vendo!

O narcotraficante paraguaio Felipe Santiago Acosta Riveros, o “Macho”, que é suspeito de fornecer armas para a facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital) e foi alvo de operação realizada na terça-feira (19) em Salto del Guairá, cidade paraguaia que faz fronteira com Mundo Novo (MS), usava como escolta caminhonetes de grande porte e carros esportivos de luxo, entre os quais uma BMW e uma Mercedes Benz.

Todos os veículos foram apreendidos no âmbito da “Operação Ignis”, deflagrada pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai) e pela Polícia Federal e que deixou ao menos nove suspeitos mortos durante confronto na fronteira do Paraguai com o Mato Grosso do Sul. O caminhão era usado para transportar a escolta armada que dava segurança ao traficante e aos carregamentos de drogas e armas enviados ao Brasil.

Imagens obtidas pela Senad mostram o caminhão lotado de pistoleiros armados circulando em Salto del Guairá. Todos os veículos chegaram por volta de meio-dia à base da Senad, em Asunción, capital do Paraguai. Os nove pistoleiros presos em uma propriedade rural do narcotraficante e o brasileiro Ricardo Luiz Picolotto, o “R7”, sócio de Felipe Santiago Acosta Riveros, foram levados ontem, de avião para a capital paraguaia.

A Senad apresentou os 30 fuzis, uma metralhadora antiaérea calibre 50 e 19 carregadores calibre 7,62 apreendidos na operação que terminou com nove bandidos mortos. Policiais federais brasileiros acompanharam o ato. Conforme a Senad, a operação descobriu conexão da quadrilha de “Macho” com a empresa paraguaia IAS (Internacional Auto Suply), alvo da “Operação Dakovo”, deflagrada no dia 5 deste mês no Paraguai e no Brasil.

Pelo menos dois fuzis apreendidos com a quadrilha de Felipe Riveros tinham a inscrição “IAS-PY”, indicando que foram importados pela empresa que teria fornecido ao menos 43 mil armas a facções brasileiras. No início do mês, traficantes de armas, funcionários e donos de lojas do ramo e militares paraguaios foram presos por envolvimento no esquema de venda ilegal de fuzis e pistolas. Os donos da IAS, os argentinos Diego Dirisio e a mulher dele, a ex-modelo Julieta Nardi, estão foragidos.