Em defesa dos direitos dos consumidores, a equipe de fiscalização do Procon trabalhou pesado nesta sexta-feira (21), atuando a unidade da Rede Raia Drogasil localizada na Rua Padre João Crippa e as agências bancárias da Caixa Econômica Federal da Rua 13 de Maio, a do Santander da Avenida Eduardo Elias Zahran e a do Banco do Brasil da Avenida Afonso Pena, 2.202, todas em Campo Grande (MS).
No caso da unidade da Rede Raia Drogasil, os fiscais do Procon encontraram divergências em preços, principalmente se tratando de promoções. Os produtos anunciados como ofertas do tipo “pague menos na segunda unidade”, mas que, quando o cliente ia aos caixas, a realidade era diferente do que vinha sendo divulgado.
Exemplos são Bálsamo Bengué, que foi anunciado no valor de R$ 19,82 por unidade, mas que se levasse duas saí por R$ 14,87 cada. Entretanto, no caixa o consumidor teria de pagar R$ 16,96, ou seja, R$ 2,09 a mais. Fato idêntico ocorre em relação a hidratante que posto à venda por R$ 109,90, porém consta que o fato de levar dois exemplares o preço seria reduzido para R$ 82,43.
No entanto, no caixa a cobrança equivalia ao preço original. A confusão é ainda maior se levarmos em conta o gel repelente Off baby, pois, nesse caso, três valores aparecem. Na gôndola consta R$ 35,90 com a sugestão de levar um por R$ 32,81 e, no caso de dois, cairia para R$ 26,93. Porém, a decepção ocorre ao chegar no caixa e ter de pagar o valor original (R$ 35,90) pela unidade do produto.
Foram localizados vários itens expostos sem que constassem os preços nos locais de exposição. Além disso, o que também é considerada fata grave, não havia responsável técnico, conforme determina a Lei, presente no local. Para essa irregularidade, a tentativa de justificar foi alegar que tal profissional se encontrava em atestado médico e, por isso, a ausência.
Bancos
No caso das agências bancárias, nem a pandemia, que vem trazendo cada vez mais problemas para as pessoas, tem sido suficiente para as instituições prestem serviços de maneira digna à população. A ocorrência cada vez maior de problemas à saúde se tornou desculpa para que os serviços piorem a cada dia.
Isso foi, novamente, constatado, em fiscalizações realizadas nas agências da Caixa (Rua 13 de Maio), Santander (Avenida Eduardo Elias Zahran) e Banco do Brasil (Avenida Afonso Pena, 2.202). Irregularidade rotineira o excesso de demora no atendimento foi verificado nas três agências.
Outra questão que surgiu com a pandemia, a formação de filas na parte externa dos bancos sem que os clientes/consumidores recebam senhas que comprovem o tempo perdido antes de entrar nas agências. Das três instituições visitadas, a que mais apresentou problemas foi a Caixa Econômica Federal, em cuja calçada a filia se estendia por vários metros sem que houvesse distinção para prioritários.
Além disso, a espera após a entrada no recinto – quando é entregue a senha – é considerada excessiva pois chega a superar uma hora e meia para senha normal e uma hora para prioritária. A questão da demora é recorrente em todas as agências em questão, como também são comuns a elas a falta de indicativos do tempo máximo permitido para espera de atendimento, do número 151 para denúncias ao Procon, a emissão de comprovantes de atendimento em papel termossensível e a falta de funcionários que possam auxiliar liberando informações aos consumidores.