Ministro avisa que novo PAC dará prioridade a obras inacabadas, aeroportos e Bioceânica em MS

Durante o lançamento das obras do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) em Mato Grosso do Sul, nesta quinta-feira (21), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, citou que o pacote já tem recursos direcionados a obras prioritárias no Estado, sendo elas construções inacabadas e aeroportos. Além disso, as discussões para a destinação dos recursos estão centradas na Rota Bioceânica.

“Embora [o novo PAC no Brasil] tenha sido lançado há algumas semanas no Rio de Janeiro, as obras que o constituem já tiveram início do ano. Nós chegamos e encontramos, por exemplo, 180 mil unidades habitacionais paralisadas [no País], conjuntos que, muitos deles, estavam 90% [concluídos] e com obras paralisadas há até seis anos”, disse o ministro, exemplificando quais são as prioridades dentre as obras inacabadas. Ele também mencionou prédios de creches e escolas.

No Estado, 585 unidades habitacionais terão os recursos federais, completou o governador Eduardo Riedel (PSDB), sem distinguir as que estão em andamento. Ele também deu destaque à ponte em Porto Murtinho que faz parte do complexo da Rota Bioceânica, e Costa deu um prazo: “Nós devemos ter, até novembro, a finalização da licitação”, falou.

Quanto aos aeroportos, os de Dourados, Três Lagoas e Corumbá terão os investimentos. O de Dourados tem participação do Exército nas obras e deve receber R$ 50 milhões do novo PAC, adiantou o governador. Obra já em execução que deve receber recursos do novo PAC é o contorno de Três Lagoas, que coordenará o fluxo de cargas e passageiros no perímetro urbano.

Outra obra estratégica em rodovia que está relacionada à Rota Bioceânica é a adequação da BR-267, entre Alto Caracol e Porto Murtinho. Ela vai garantir o acesso até a cidade que vai ligar o Brasil ao Oceano Pacífico pela ponte sobre o Rio Paraguai, dentro da Rota Bioceânica.

Convocação

A instalação de policlínicas e a realização de mutirão com Estado, instituições de ensino e setor empresarial para capacitar mão de obra que atenda especificamente cada região são projetos anunciados pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, durante cerimônia de lançamento do Novo PAC em Mato Grosso do Sul. Ele também convocou prefeitos a apresentarem seus projetos pelo Novo PAC.

Costa falou sobre os projetos há pouco, durante lançamento de R$ 44,7 bilhões em obras e serviços provenientes do Novo PAC, no auditório da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande. No discurso, o ministro disse que a mão de obra qualificada será necessária para os projetos previstos pelo Novo PAC. Lembrou que a nova gestão encontrou 14 mil obras paradas, citando unidades habitacionais com quase 90% do projeto executado, mas que teve o trabalho suspenso.

Segundo o ministro, o planejamento precisa ser feito de médio a longo prazo, não sendo apenas política de governo, mas de Estado, pensando além dos quatro anos de mandatos. Costa convocou Estado, empresários e instituições de ensino para fazer mutirão de capacitação. “É preciso planejamento para que eventual escassez não seja entrave para o desenvolvimento do PAC”, afirmou, citando que é preciso participação de escolas técnicas, universidades e instituições federais.

Em relação ao setor empresarial, pediu que a participação seja para apontar quais cursos serão necessários para cobrir a necessidade do setor e se dirigiu ao governador do Estado, Eduardo Riedel, para que auxilie na missão. Rui Costa anunciou, ainda, que até o final de setembro e início de outubro, o governo federal abrirá sistema para o credenciamento de projetos das prefeituras pelo Novo PAC. “Mobilizem suas equipes, levantem os projetos e as demandas que vocês têm”.

Segundo o ministro, serão enfatizados projetos relacionados aos ministérios das Cidades, Educação e Saúde. Em relação à última pasta, diz que é preciso ter “olhar especial para cobrir grande vazio do SUS”: a falta de equipamentos avançados em unidades de saúde de primeiro atendimento. “As pessoas vão nas unidades e precisam de tomografia, ressonância, colonoscopia e não encontram”. A ideia é cobrir a demanda com as policlínicas regionais, unidades que podem desafogar o atendimento hospitalar e fornecer diagnóstico rápido para algumas doenças, como câncer de próstata ou mala, por exemplo.