Mineração de Ouro da PF desenterra crimes e uma fortuna. Três Conselheiros são alvos. Veja vídeo

Por determinação do STJ (Superior Tribunal de Justiça), a Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (8), a “Operação Mineração de Ouro” para cumprir 20 mandados de busca e apreensão, tendo como principal alvo o conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado), Osmar Domingues Jeronymo, que foi secretário estadual de Governo na gestão de André Puccinelli (MDB). Além dele Waldir Neves e  Ronaldo Chadid.

De acordo com nota da CGU, os três conselheiros do TCE são suspeitos de integrar a organização criminosa investigada na Operação Mineração de Ouro. A suspeita é de que tenham usado a mineração para lavar o dinheiro proveniente da corrupção.
As investigações tiveram início a partir de informações obtidas no âmbito da Operação Lama Asfáltica. Como o conselheiro tem foro privilegiado, o inquérito precisou de aval do STJ. Osmar Jeronymo é um dos investigados pelos crimes de peculato, corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Com autorização do Superior Tribunal de Justiça, são investigados os crimes de fraudes em licitação, superfaturamento de obras públicas e a concessão da coleta do lixo de Campo Grande.

Os policiais cumprem mandados de busca no gabinete do conselheiro e na casa no Residencial Damha. Os mandados de busca e a apreensão são cumpridos em Campo Grande, Sidrolândia e Brasília (DF).  Além da PF, a operação conta com auditores da Receita Federal do Brasil e da CGU (Controladoria-Geral da União). No total, 102 policiais federais participam da operação.

O nome da operação decorre de indícios de que a aquisição de direitos relacionados à mineração tenha sido utilizada para lavagem de dinheiro. Essa é a primeira vez que a PF mira Osmar Jeronymo, principal articulador político e braço direito do ex-governador André Puccinelli.

A Operação Lama Asfáltica já encontrou indícios de que a organização criminosa, chefiada pelo emedebista, junto com o ex-secretário estadual de Obras, Edson Giroto, e o empresário João Amorim, teria desviado mais de R$ 430 milhões dos cofres públicos. Várias ações criminais e de improbidade administrativa já foram protocoladas contra o grupo na justiça estadual e federal.