Metade da população de MS se diz pobre, conforme dados do CadÚnico são 1,4 milhão de pessoas

O número de pessoas inscritas no Cadastro Único do Governo Federal (CadÚnico), conforme dados relativos a novembro, divulgados no último dia 27, pelo governo federal, chegou a 1,4 milhão em Mato Grosso do Sul, ou seja, quase metade da população do Estado, que hoje está em 2.757.013 habitantes.

Só podem estar inscritas no CadÚnico pessoas vivendo em situação de pobreza ou baixa renda. Em Mato Grosso do Sul, 604,6 mil famílias estão inscritas no programa, criado para cadastrar famílias que vivem com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa.

O CadÚnico é operacionalizado e atualizado pelas prefeituras, sendo que, quem se inscreve e mantém os dados atualizados, pode tentar participar de vários programas sociais e qualquer família de baixa renda pode se inscrever.

O cadastro é feito pessoalmente em um posto de atendimento na cidade onde a família mora, mas, o fato de estar inscrito não necessariamente significa que alguém da família esteja recebendo algum repasse federal.

O principal programa de atendimento aos carentes é o Bolsa Família, que em novembro atendeu 204,98 mil famílias em Mato Grosso do Sul, com recebimento, em média, de R$ 685,50 por família. No ano, segundo o Governo Federal, foram injetados R$ 1,72 bilhão na economia local por meio deste programa.

Logo em seguida aparece o Benefício de Prestação Continuada, o BPC, que beneficia 114,15 mil pessoas (dados relativos a outubro) com um salário mínimo mensal. São 55,73 mil pessoas com deficiência e 58,42 mil idosos. De janeiro a outubro foram repassados R$ 1,51 bilhão aos beneficiários do Estado.

Conforme os dados divulgados nesta sexta-feira, Mato Grosso do Sul tem 684,94 mil postos de emprego formal, computando pessoas com carteira assinada ou com atuantes no serviço público. Além disso, existem em torno de 320 mil aposentados.

Mas, como os rendimentos são baixos, tanto ativos quanto inativos têm renda familiar per capita abaixo de meio salário mínimo e por isso estão incluídos na chamada faixa da linha de pobreza.