A Justiça fixou uma pensão vitalícia para a família de Wesner Moreira, jovem que morreu após um incidente trágico em um lava-jato, onde foi introduzida uma mangueira de ar comprimido em seu ânus por Thiago Giovanni Demarco Sena e Willian Enrique Larrea, que trabalhavam no local. A pensão será paga até 2075, ano em que Wesner completaria 75 anos.
O valor mensal da pensão foi estabelecido em R$ 1.012,00 e será retroativo desde a morte do jovem, ocorrida em fevereiro de 2017. A ação, que tramita na 16ª Vara Cível da Comarca de Campo Grande, inclui danos morais, materiais e pensões vencidas, totalizando cerca de R$ 1,32 milhão.
Além da pensão, os réus foram condenados a pagar R$ 500 mil em indenização por danos morais e R$ 1.149,97 por despesas funerárias, ambos os valores acrescidos de correção monetária e juros.
Atualmente, a Justiça está realizando intimações para garantir o cumprimento da decisão, incluindo a localização de bens que possam ser penhorados para assegurar o pagamento.
Em 30 de março de 2023, Thiago e Willian foram condenados a 12 anos de prisão em um júri popular, mas recorreram da decisão e foram liberados. Somente em fevereiro do ano passado, sete anos após a morte de Wesner, o juiz Carlos Alberto Garcete determinou sua prisão.
Durante o júri, os réus alegaram que o incidente foi uma “brincadeira de mau gosto” e negaram a intenção de matar. Thiago afirmou que não tinha conhecimento do potencial destrutivo da mangueira e que acreditava que estavam apenas se divertindo. Wesner, após o incidente, foi hospitalizado, mas não sobreviveu às complicações.

