Lista com mais 46 veículos de bolsonaristas em frente a quartéis de MS é enviado ao STF

A SISP (Superintendência de Inteligência de Segurança Pública), da Polícia Militar, identificou, no período de 28 de novembro a 3 de dezembro, mais 46 veículos de bolsonaristas estacionados em desacordo com o CTB (Código de Trânsito Brasileiro) nas proximidades de quartéis do Exército em Campo Grande e Dourados.

 

Segundo o Correio do Estado, 10 estavam com a placa tampada, uma infração gravíssima prevista no Art. 230 do CTB, sujeito a multa de R$ 293,47 e apreensão do veículo. Em Campo Grande, no entorno do CMO (Comando Militar do Oeste), foram identificados 36 veículos estacionados de forma irregular, quatro deles com a placa tampada.

 

Já em Dourados foram identificados seis veículos com placas cobertas nas proximidades da 4ª Brigada da Cavalaria Mecanizada. O documento, que tem placas dos automóveis, identificação dos proprietários e até mesmo imagens dos veículos, foi enviado pela Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) ao STF (Supremo Tribunal Federal).

 

Os dados foram solicitados pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, para o processo que trata dos bloqueios de vias no Brasil. Ele também deu início a uma megaoperação da Polícia Federal para identificar os financiadores e líderes das manifestações antidemocráticas realizadas em todo o Brasil desde o dia 31 de outubro após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no 2º turno da eleição presidencial.

 

Na última quinta-feira (15), a PF cumpriu 17 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul e, entre os alvos das ordens judiciais, estavam o ex-prefeito de Costa Rica, Waldeli dos Santos Rosa, a médica Sirlei Ratier e a ex-assessora parlamentar da senadora Soraya Thronicke (União-MS), Juliana Gaioso, além de empresas cujos donos estariam envolvidos nos protestos.

 

De acordo com decisão do STF, os envolvidos teriam praticado crime de ebulição violenta do Estado Democrático de Direito. Também são investigadas pessoas que atacaram integrantes do STF e financiaram as milícias digitais. O Supremo mandou a PF cumprir 103 mandados de busca e apreensão em mais sete Estados (Espírito Santo, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina, Acre, Amazonas e Rondônia) e Distrito Federal.