Justiça de MS vai julgar ação sobre compra de fazenda de R$ 6 milhões por Giroto

O juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, deve julgar o inquérito contra o ex-secretário estadual de Obras e ex-deputado federal, Edson Giroto, pela compra de uma fazenda de R$ 6 milhões no município de Corumbá (MS) e pela contratação da Terrasat, empresa do cunhado, Flávio Henrique Scrocchio.

 

Segundo o site “O Jacaré”, eles também são investigados pela locação de máquinas da Proteco pela empresa paulista, conforme despacho da juíza federal substituta Júlia Cavalcante Silba Barbosa, da 3ª Vara Federal de Campo Grande, sendo que o processo está para manifestação do MPE (Ministério Público Estadual) desde 12 de junho deste ano.

 

O caso é mais um capítulo nas denúncias envolvendo Edson Giroto, ex-braço-direito do ex-governador André Puccinelli (MDB). Ele já foi condenado duas vezes pela Justiça Federal e está em liberdade desde o início da pandemia da Covid-19, em março de 2020.

 

O processo chegou à Justiça estadual no dia 30 de maio deste ano e, conforme a juíza federal, a parte encaminhada envolve Edson Giroto, Flávio Scrocchio e a advogada Rachel Rosana de Jesus Portela Giroto.

 

“O caso da presente investigação criminal, no ponto em que se apura a prática de crimes vinculados a pagamentos realizados pela Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos do Governo de Mato Grosso do Sul (AGESUL) à TERRASAT e consequentes práticas de lavagem de capitais, que são em síntese, os enumerados (pelo MPF) OBJETO II, III e IV do presente IPL”, observou a magistrada.

 

Conforme a Polícia Federal, a Terrasat comprou a Fazenda São Luiz, de 5.025 hectares no Pantanal de Mato Grosso do sul, por R$ 6,030 milhões, do espólio de Eduardo Machado Metello. O imóvel seria pago em três parcelas, sendo a primeira de R$ 2,794 milhões, que seria descontado do valor do ITCD de R$ 2,204 milhões.

 

A empresa teria assumido a dívida diante do Governo do Estado em 2013, sendo que o saldo foi pago em duas parcelas de R$ 1,5 milhão, uma no dia 16 de abril e a outra em 16 de outubro de 2014. A ação foi anexada a uma outra ação de 2016 que tramita em sigilo na 1ª Vara Criminal de Campo Grande.

 

Edson Giroto foi condenado duas vezes na Operação Lama Asfáltica, mas recorreu contra as duas sentenças e os processos estão na fase de recurso. A primeira condenação foi pela compra da Fazenda Encantado do Rio Verde junto com a mulher e o cunhado.

 

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