A Polícia Federal (PF) transferiu na tarde desta segunda-feira, dia 16 de maio, os quatro presos da Operação Fazendas de Lama, segunda fase da Lama Asfáltica, que estavam na Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar), no Bairro Tiradentes, para o Centro de Triagem, no Complexo Penal de Campo Grande, no Jardim Noroeste. Às 15h13 deram entrada no estabelecimento penal o ex-deputado federal e ex-secretário estadual de Obras Edson Giroto, o empresário João Amorim, o ex-prefeito de Paranaíba e ex-servidor da Agesul Wilson Roberto Mariano de Oliveira e o empresário Flávio Henrique Garcia Scrocchio .
Todos desceram dos carros da PF e levaram os próprios pertences para dentro do presídio. Entre eles, Giroto era o mais falante e agradecia os policiais federais. Os demais recolheram as roupas, colchões, cobertores, travesseiros em silêncio e entraram no estabelecimento penal. Giroto, além de recolher os seus pertences, retornou para ajudar Flávio Henrique a tirar suas coisas da viatura da Polícia Federal. Os quatro estão entre os oito presos da Fazendas de Lama que tiveram as prisões temporárias convertidas em preventivas, quando não há data para terminar.
As outras quatro pessoas que também tiveram a prisão preventiva decretada são mulheres e conseguiram o benefício da prisão domiciliar. Portanto, estão em suas residências, Rachel Rosa de Jesus Portela Giroto (esposa de Giroto), Ana Paula Amorim Dolzan (filha de Amorim), Elza Cristina Araújo dos Santos (sócia de Amorim) e Mariane Mariano de Oliveira (filha de Roberto Mariano). Rachel Giroto estava na superintendência da PF em Campo Grande quando o oficial de Justiça chegou com a ordem judicial permitindo que ela cumprisse a prisão preventiva em casa. Rachel alegou que por ser advogada tem prerrogativas. As outras três mulheres alegaram que tem filhos pequenos. O presidente da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul (Agepen/MS) Ailton Stropa Garcia informou que os quatro ficarão em uma ala específica para servidores públicos. Segundo ele, não haverá qualquer mudança na rotina do estabelecimento penal por conta da chegada dos quatro presos. “Nada mudou. Eles terão o mesmo tratamento que os demais detentos. Terão direito a banho de sol e visitas”, resume.
Além dos oito nomes mencionados, também estiveram detidos, mas já obtiveram liberdade após o fim das prisões temporárias Maria Vilma Casanova, Ana Cristina Pereira da Silva, Evaldo Furrer Matos, André Luiz Cance, Renata e Ana Lúcia Amorim, filhas de João Amorim, todos liberados no sábado. Na sexta-feira, já havia conseguido liberação da justiça Hélio Yudi Komiyama. A operação Fazendas de Lama investiga esquema de lavagem de dinheiro, fraudes em licitações e desvios de dinheiro em Mato Grosso do Sul durante o governo de André Puccinelli (PMDB).
Com infos e fotos: Diário Digital