Famasul projeta R$ 2,8 bi para indenizar fazendeiros na demarcação de terras indígenas. Seria mesmo?

A Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) projeta R$ 2,8 bilhões para pagar indenização aos produtores rurais do Estado para a demarcação de 283,8 mil hectares de terras indígenas depois que o STF (Supremo Tribunal Federal) acabou com o marco temporal.

De acordo com o presidente da entidade, Marcelo Bertoni, 903 propriedades rurais foram impactadas com a demarcação das áreas indígenas, sendo que a estimativa é de que o valor médio hectare será de R$ 10 mil.

Ao site “O Jacaré”, ele disse que não acredito que o governo tenha esse dinheiro para pagar ninguém, pois conversou com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e ela quer colocar na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) R$ 2 bilhões para o ano que vem.

No entanto, o tamanho a ser demarcado não considera as novas áreas em estudo pela Funai, como as 39 na região sul, previstas em acordo com o Ministério Público Federal em Dourados.

Os 283,8 mil hectares estão distribuídos em 30 municípios. Marcelo Bertoni completou que o Estado tem mais de 800 mil hectares já homologados que são terras indígenas, mais esses 283 mil hectares.

No País, de acordo com a Famasul, são 9,3 milhões de hectares em 25 estados e 10,2 mil propriedades rurais. A estimativa é de que seriam necessários R$ 100 bilhões em indenizações aos produtores.

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