Parece uma guerra sem fim.
O advogado Fábio Trad busca agora um movimento contra o presidente da OAB/MS, Mansour Karmouche, usando oportunisticamente a situação da delação dos donos do frigorífico da JBS que teria desnudado esquemas de propinas e notas frias em vários Estado do País, inclusive em MS, e que ainda estão em investigação para comprovação.
O caçula da família Trad está arregimentando o maior número de advogados para assinarem uma nota de repúdio contra a OAB/MS, exigindo que ela peça o impecheament. (veja a nota abaixo)
A entidade já veio a público afirmar que pediu ao STF – Superior Tribunal Federal – explicações sobre o esquema e as denúncias que pesam sobre políticos do Estado, incluindo gravações e documentos.
Diante disse a Ordem criou uma comissão especial para avaliar as denúncias e encaminhá-las ao Conselho Estadual para diante disso se manifestar.
A reunião está marcada para sexta-feira.
NÃO DÁ PARA ESQUECER
Vale lembrar que Fábio Trad foi protagonista de uma das reuniões mais conturbadas da entidade em quando a Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul (OAB/MS) colocava em votação a lista de advogados que disputavam a vaga para desembargador do Quinto Constitucional em abril do ano passado.
Houve bate-boca por conta do advogado Fábio Trad ter ficado fora da relação. A lista foi composta por: Alexandre Bastos (escolhido), João Arnar Ribeiro, Honório Suguita, Gabriel Abrão Filho, José Rizkallah Junior e Rodolfo Souza Bertin.
O conselheiro vitalício Marcelo Barbosa Martins protestou aos berros da decisão do conselho: “Eu tenho vergonha dessa casa a partir desta noite se Fábio Trad não figurar na lista”, declarou sob aplausos de alguns integrantes e prosseguiu: “Que esse conselho se levante e não se deixe amordaçar por essa diretoria”.
Presidente da OAB/MS, Mansour Karmouche, que conduzia a votação, rebateu: “Com o devido respeito, essa casa não merece esse tipo de ofensa, doutor Marcelo”…
O bate-boca continuou.
Se o advogado Fábio Trad ainda leva esse questão como bandeira de luta contra a entidade, não pode ser respondido. Ele não falou com o Blog sobre isso, apenas disse ao ser questionado pelo movimento capitaneado por ele:
“Penso que é um direito meu como advogado criticar algumas atitudes que reputo equivocadas. Apenas isso.”
Perguntado se isso poderia ser uma “trama” em paralelo a Ordem, Fábio respondeu:
“Não acho justo o presidente ser contra investigar. Não estou fazendo paralelo a entidade. Estamos apenas protestando contra a omissão do presidente”.Trad chegou a apoiar publicamente Reinaldo Azambuja, talvez tentando pavimentar seu nome para ocupar a lista da OAB e depois ser escolhido como desembargador.Pretensões não alcançadas como mostra a história.
Trad é ex-político, ex-dirigente, boqueiro e atual apresentador de TV.
Veja abaixo o que Fábio Trad tem espalhado entre os advogados do Estado:
“Bom dia amigos. Aos colegas que ingressam no grupo, sejam muito muito bem vindos.
Ontem alinhamos que elaboraríamos um documento base para entregar na OAB, seja como desagravo, interpelação, protesto etc.
Nossa manifestação será coletiva, com o máximo de assinaturas possível, pois a questão, acima do pessoal, é Coletiva, da categoria.
Abaixo copiarei a minuta do texto que já foi disponibilizada ontem para fins de críticas, sugestões e observações dos colegas.
Após aprovada, vamos partir para a colheita das assinaturas.
Grande abco a todos e que Deus ilumine nosso discernimento.”
NOTA QUE FÁBIO TRAD E OUTROS ADVOGADOS ESTÃO FORMULANDO E QUE AINDA NÃO ESTÁ TERMINADA.
Nota de repúdio ao Presidente da OAB/MS Mansour Karmouche
Nós, advogados sul-mato-grossenses, vimos, publicamente, através desta nota de repúdio manifestar a nossa indignação com a injustificável omissão da entidade em não requerer a abertura de processo de investigação político-administrativa dos fatos reportados em delação premiada envolvendo o governador do estado.
Esta omissão mancha a história da instituição e sugere grave comprometimento de sua independência.
Repudiamos, também, veementemente, a grave demonstração de intolerância e hostilidade do presidente da OAB/MS ao ameaçar pela imprensa processar criminalmente dois colegas de profissão que se limitaram a criticar a atitude omissiva da atual diretoria diante dos indícios de crimes delatados em procedimento devidamente homologado pelo STF.
Entendemos que as prerrogativas conferidas pela Ordem a seus dirigentes não podem ser conduzidas de forma priorizar processar advogados por expressarem suas ideias ao tempo em que se omite em requerer as investigações de fatos gravíssimos que atentam contra todo o nosso estado.
Cerramos fileiras em torno dos colegas ameaçados e em nome da ética, da liberdade de expressão e da democracia. Repudiamos com veemência qualquer atitude em sentido diverso, independentemente de quem a exerça!