Ex-senador do “povo”, Delcídio dá calote de R$ 3,5 milhões em outro arrendamento. Vai vendo!

O ex-senador do “povo”, Delcídio do Amaral, presidente estadual do PTB, voltou a estampar as mídias do Estado sob a acusação de não pagar arrendamento. De acordo com o site O Jacaré, um casal de aposentados de Campo Grande cobra R$ 3,522 milhões na Justiça, que inclui o pagamento devido desde junho do ano passado e a devolução de mil vacas da raça nelore.

Além de Delcídio do Amaral, os aposentados também arrolaram no processo a esposa dele, Maika do Amaral, e a mãe dele, a produtora rural Rosely do Amaral Gomez. Essa é a 2ª ação de cobrança contra o político por calote no arrendamento. A primeira é de um casal de pecuaristas de São Paulo, que luta para receber R$ 2,5 milhões. Neste caso, a Justiça já determinou a penhora da Fazenda Santa Rosa dos Bugres, no Pantanal, para garantir o pagamento do débito.

Delcídio também quase teve a mansão, onde reside com a família no Jardim Bela Vista, em Campo Grande, leiloada para garantir o pagamento de empréstimo para o Sicoob. O imóvel, comprado do ex-senador Rachid Saldanha Derzi, só não foi vendido porque o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) suspendeu o certame.

Conforme a ação, Nilza Fagundes da Silva e Renato da Silva arrendaram mil vagas em junho de 2004. O pagamento do arrendamento era 200 tourinhos no mês de junho de cada. Só que no ano passado, o ex-senador efetuou o pagamento de R$ 199 mil em várias parcelas, mas não quitou integralmente o montante previsto no contrato.

Em março deste ano, diante de inúmeras ações de cobrança contra Delcídio, o casal decidiu rescindir o contrato. Além de pedir a devolução das mil vacas de 3 a 5 anos, eles pediram o pagamento dos 200 tourinhos. O total devido seria de R$ 3,5 milhões. A juíza Vânia Paula Arantes, da 4ª Vara Cível de Campo Grande, acatou o pedido de justiça gratuita, porque o casal de aposentados vem sobrevivendo do benefício pago pelo INSS.

No entanto, ela negou a decretação de segredo de justiça e de bloqueio para assegurar o pagamento dos R$ 3,5 milhões. Outro fator apontado pela magistrada para não liberar o bloqueio foi que a dívida venceu em junho do ano passado e os aposentados só decidiram cobrá-la em abril deste ano, quando protocolaram a ação contra Delcídio. Ao ser notificado judicialmente, o ex-senador não concordou com o valor definido pelo casal nem com a rescisão do contrato de arrendamento.