Ex-prefeito de Maracaju não se apresenta à Polícia e defesa tenta revogar prisão e a novela continua!

Principal alvo da “Operação Dark Money”, deflagrada pela DRACCO (Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado) para apurar o desvio de mais de R$ 26 milhões da Prefeitura de Maracaju, o ex-prefeito Maurílio Azambuja (MDB) deu um “balão” na Polícia Civil ao dizer ontem (23) que se apresentaria para cumprir o mandado de prisão temporária, mas até o momento não fez qualquer movimentação de que vai realmente se entregar.

Enquanto isso, a defesa dele protocolou pedido de habeas corpus para revogação de prisão temporária e, dessa forma, tenta evitar que o ex-prefeito fique atrás das grades. Por enquanto, já estão presos o ex-secretário municipal de Finanças de Maracaju, Lenilso Carvalho Antunes, Daiana Cristina Kuhn, Iasmin Cristaldo Cardoso, Pedro Everson Amaral Pinto, Fernando Martinelli Sartori e Moisés Freitas Victor.

Os três últimos foram ouvidos na sede do DRACCO, no entanto, disseram que só prestarão informações em juízo, enquanto as duas mulheres deverão ser ouvidas nesta sexta-feira (24). A delegada responsável pelas investigações, Ana Cláudia Medina, disse que com a ação foram cumpridos mandados de busca e apreensão porque já era o momento, pois não há dúvidas que essas movimentações financeiras do grupo foram ilegais.

Pedro Pinto é dono de uma tapeçaria onde Moisés Freitas trabalhava e é ex-sogro de Fernando Sartori. A empresa mantinha uma conta bancária que era usada para o desvio dos recursos dos cofres municipais. A movimentação financeira era realizada em valores fracionados, somando cerca de 600 cheques com valor médio de R$ 38 mil. Tudo isso acontecia para fugir das notificações oficiais ao Banco Central. Ontem, foram identificadas mais 75 lâminas, que somadas dão R$ 3 milhões, totalizando ao menos R$ 26 milhões em desvios.

A delegada havia informado que o grupo tirava valores da conta oficial da Prefeitura, alegando que era para usar com a folha de pagamento, “só que isso não existia e o dinheiro ia parar nesta conta paralela”, da tapeçaria. Daiana Cristina Kuhn e Iasmin Cristaldo Cardoso foram para a cela da 2ª DP (Delegacia de Polícia Civil) de Campo Grande, enquanto os demais foram divididos entre a Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) e Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos), já que não há carceragem no DRACCO. Com informações do site Campo Grande News