Em um ano, casos de tuberculose aumentam 27,3% em MS com 1.482 novos registros da doença

A doutora Luciana Souza compara duas radiografias de tórax diferentes de um paciente enquanto conversa com um colega de um hospital de campanha criado para tratar pacientes que sofrem da doença de coronavírus (COVID-19) em Guarulhos, São Paulo

O aumento no número de casos de tuberculose em todo o Brasil colocou em alerta o Ministério da Saúde, que lançou, ontem (24), uma campanha nacional de combate à doença.

Em Mato Grosso do Sul, conforme dados da SES (Secretaria Estadual de Saúde), no ano passado foram 1.482 registros de novos casos da doença, número que representa um aumento de 27,3% em relação a 2021, ano em que o Estado registrou 1.164 novos casos.

Em nota, a SES informou que o Estado registra avanços na política de controle da doença, mas ressaltou que os serviços de saúde devem se comprometer com ações para combater a tuberculose.

“É importante que os serviços de saúde estejam profundamente comprometidos com a vigilância, assistência ao doente, diagnóstico precoce, tratamento oportuno do doente e ampliação do tratamento preventivo. Além de outras ações de prevenção, como a vacina BCG “, informou.

Na Capital, o aumento no número de casos foi de 21,1%, sendo que no ano de 2021 foram notificados 439 casos e 37 óbitos, enquanto em 2022 o número de casos subiu para 532 e teve 38 óbitos, segundo informações da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).

A Sesau também reforça que a prevenção pode ser feita através da vacina BCG, recomendada para aplicação no primeiro mês de vida da criança, mas que pode ser aplicada até os 4 anos de idade. “A vacina diminui as chances de desenvolver formas graves da doença, como meningite tuberculosa, apesar de não ser eficaz contra a tuberculose pulmonar”, destacou.

Segundo a pasta, em Campo Grande, foram aplicadas 13.769 doses da vacina BCG no ano de 2022, o que corresponde a 105,71% do público de até um ano de idade no município. Em 2021 essa cobertura foi de 101,32%, com 14.225 doses aplicadas.

“Essa informação da cobertura superior a 100% se deve ao fato de que há muitas crianças que nascem e são imunizadas aqui, contudo residem em municípios do interior, o que pode resultar em uma cobertura que não condiz completamente com a realidade local”, acrescentou.