Em encontro com Lula, Riedel reforça que reunião serviu para ratificar apoio à democracia

O presidente Lula em reunião com os governadores para debater a redução de ações extremistas pelo país

Ao participar na noite de ontem (09/01), no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), de reunião dos governadores e vice-governadores das 27 unidades federativas do Brasil com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), reforçou que encontro é um gesto importante de todas lideranças políticas, bem como também dos representantes dos poderes para ratificar o apoio à democracia.

 

“Realmente o que aconteceu, machuca. Porque é um patrimônio público. Não apoiei o presidente Lula na disputa eleitoral, mas não tem como deixarmos de condenar este tipo de atitude, este tipo de atitude não contribuiu para o país. A oposição deve ser feita na tribuna”, disse Eduardo Riedel.

 

Durante a reunião, alguns governadores representando as cinco regiões do País discursaram em solidariedade aos chefes dos três poderes e reafirmaram o compromisso com a democracia. Até apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se colocaram à disposição para ajudar na pacificação do país.

 

Além dos governadores, também participaram ministros do STF, o procurador-geral da República, Augusto Aras, parlamentares e membros do Executivo. Em seu discurso, o presidente Lula disse que a democracia é o único regime que pode possibilitar que todas as pessoas no Brasil possam fazer três refeições por dia. “Nós não vamos permitir que a democracia escape das nossas mãos, porque é a única chance de a gente garantir que esse povo humilde consiga comer três vezes ao dia, ou ter direito de trabalhar”, falou.

 

Ele também afirmou que as instituições vão investigar e vão chegar até os financiadores dos atos golpistas em Brasília. “Em nome de defender a democracia, não vamos ser autoritários com ninguém, mas não seremos mornos com ninguém. Vamos investigar e vamos chegar a quem financiou”, continuou. 

 

O discurso de Lula teve um forte tom de críticas ao que ele chamou de negacionismo, principalmente o negacionismo eleitoral e não citou diretamente o nome de Jair Bolsonaro, a quem se referiu como o “ex-presidente”, mas mencionou as acusações infundadas de Bolsonaro contra o sistema eleitoral.