Segundo investigação do promotor de Justiça Humberto Lapa Ferri, da 31ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social, a ONG, contratada em 2016 para construir 300 casas populares em quatro loteamentos criados após o fim das favelas Cidade de Deus, no Bairro Dom Antônio Barbosa, recebeu indevidamente R$ 2,7 milhões, o que corresponde a 75,4% do total de R$ 3,6 milhões para a edificação dos imóveis.
Porém, apesar do repasse, só foram construídas 42 casas, o que significa somente 14% do total de 300 imóveis acordado com a Prefeitura de Campo Grande, que na época estava sob gestão de Alcides Bernal. Em razão disso, o MPE exige a devolução aos cofres públicos de R$ 2 milhões, pois não há confirmação de onde o dinheiro foi realmente investido, já que, considerando o valor das 42 moradias entregues como R$ 12 mil cada, a ONG só prestou conta de R$ 504 mil dos R$ 2,7 milhões recebidos.
Outro ponto questionado pelo promotor de Justiça é que, apesar de o contrato para a construção das 300 moradias populares ter sido assinado somente em 22 de junho de 2016, a ONG já atuava na construção das casas desde março do mesmo ano, ou seja, antes mesmo da licitação e da assinatura dos documentos necessários.
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