Nos últimos dias, uma agente de viagens de Bonito, localizada a 283 quilômetros de Campo Grande, tem sido alvo de denúncias por supostos golpes aplicados em clientes. Entre as vítimas, está uma trabalhadora doméstica de 53 anos, que havia contratado um passeio para o Pantanal, e uma pedagoga de 55 anos, que não cAgêncionseguiu reembolso após cancelar uma viagem para a Bahia devido a problemas de saúde.
Em entrevista, a filha da pedagoga relatou que sua mãe adquiriu um pacote de viagem para a Bahia com amigas, com saída programada de Campo Grande no dia 23 de julho. Contudo, dois meses antes da viagem, a pedagoga foi informada sobre uma cirurgia agendada para uma data próxima à viagem.
Ela contatou a agência para cancelar a viagem e solicitou o contrato para verificar as cláusulas de cancelamento, mas não obteve resposta. Segundo a filha, a empresa sugeriu que o valor fosse mantido como crédito, mas a pedagoga continuou a solicitar o contrato de prestação de serviços, que nunca foi entregue. Apesar de não ter viajado, a pedagoga continua pagando as parcelas da viagem no cartão de crédito, o que tem sido uma fonte de estresse constante.
Enquanto isso, suas amigas realizaram a viagem e, após retornarem, revelaram que enfrentaram sérios problemas, incluindo mais de 12 horas de conexão em São Paulo e a falta de translados que estavam supostamente inclusos no pacote. Diante da situação, a pedagoga decidiu cancelar o pacote e pediu o reembolso de R$ 1,9 mil, mas até agora, não recebeu o valor de volta. A empresa alegava estar aguardando a operação do reembolso, mas não cumpriu os prazos prometidos.
Em setembro, a pedagoga entrou com um processo, mas tem encontrado dificuldades para intimar a agente de viagens. Em uma tentativa de notificação, um morador informou que a empresa havia deixado o endereço há mais de cinco anos.
Outra vítima, uma trabalhadora doméstica, havia comprado um passeio no Pantanal por R$ 750, que foi cancelado sem justificativa. O pacote incluía um safári fotográfico e um passeio de chalana, com opção de parcelamento em até seis vezes. Após o pagamento, a agente de viagens informou que a data do passeio havia mudado, mas posteriormente cancelou o passeio, prometendo o estorno, que nunca ocorreu.
Uma amiga da vítima que intermediou o contrato do passeio conseguiu localizar a agente de viagens e, ao se encontrarem, houve uma discussão. A agente garantiu que os valores seriam devolvidos até esta segunda-feira (15).
Nas redes sociais, a empresária publicou uma nota afirmando que as acusações são falsas e que sua agência não cometeu golpes, mas sim enfrentou uma falência. “Reforço que todos os clientes foram previamente informados sobre a situação, tanto individualmente quanto por meio de nota pública, com orientações de reembolso. Nunca houve golpe ou fraude. A empresa está inativa, resolvendo todas as situações”, diz a nota.

