DOF prende mais um acadêmico de Medicina por tráfico de drogas na fronteira com o Paraguai

Policiais do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) prenderam mais um acadêmico de Medicina por transportar mais de meia tonelada de maconha. Esse tipo de prisão não é inédita e estudantes de Medicina que fazem o curso em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), já são conhecidos como recorrentes “mulas”.

Conforme informação do DOF, divulgada já em 2022, o aliciamento desses estudantes passou a ser uma das formas usadas na tentativa de ludibriar a fiscalização da Polícia. Investigações apontam que o lucro dos estudantes que transportam drogas – que normalmente têm um perfil mais caro, como cocaína e skank – pode chegar a R$ 5 mil em uma única remessa.

Só em Pedro Juan há oito universidades que ofertam o curso de Medicina, com cerca de 15 mil alunos brasileiros. De acordo com o DOF, a apreensão foi realizada na MS-164 em Ponta Porã, em que mais de 500 quilos de drogas foram transportados em um veículo Fiat Siena, conduzido pelo acadêmico de Medicina de 44 anos de idade.

Os policiais faziam bloqueio na rodovia, zona rural do município, quando deram ordem de parada a um comboio formado por três veículos, que seguiam em alta velocidade. Os condutores não obedeceram e tentaram fugir. O primeiro veículo a ser alcançado foi um Renault Scenic, conduzido por um homem de 18 anos de idade, que seguia como batedor.

Em seguida, outros dois veículos retornaram na rodovia em direção ao Paraguai. Durante acompanhamento, o estudante de Medicina perdeu o controle de direção e saiu da pista, sendo detido em seguida. Já o motorista do terceiro veículo, um VW Gol, abandonou o carro e fugiu em meio a uma mata. Diligências foram feitas, mas nenhum suspeito foi localizado.

No Siena, os policiais localizaram 584 quilos de maconha. Questionado, o autor disse que pegou o veículo em Ponta Porã e levaria até Campo Grande, onde receberia R$ 7 mil pelo transporte. O material apreendido, avaliado em aproximadamente R$ 1,2 milhão, foi encaminhado à Delegacia da Polícia Federal em Ponta Porã.