Após pedido do prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), que estava preocupado com os efeitos que o início das restrições impostas pela “Bandeira Cinza” traria ao comércio na véspera do Dia dos Namorados, o Governo do Estado atendeu o pleito e adiou para domingo (13) as medidas mais rígidas para controle da Covid-19 na Capital e em outras 42 cidades.
Além do prefeito da Capital, a Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) também endossou a solicitação e, dessa forma, o Estado deu 48h para os municípios se adequarem às novas regras e a vinculação, que a partir de agora será obrigatória e vão até o próximo dia 26 de junho, com o toque de recolher começando às 20 horas.
A venda de bebidas alcoólicas nestas regiões está permitida apenas no sistema delivery e a lista de serviços essenciais que estão liberados para funcionar inclui 51 atividades, dentre supermercados, transporte coletivo, bancos, lotéricas e até igrejas e academias.
Nos outros 29 municípios com bandeira vermelha também estarão liberadas “atividades não-essenciais de baixo risco”, como restaurantes, comércio de bebidas e atividades esportivas. Nas cidades classificadas em patamar laranja, tanto as atividades de “baixo” como de “médio risco” também estarão liberadas, incluindo bares, shoppings e feiras livres – são apenas 7 cidades nesse patamar.
No início da semana, Campo Grande – que já perdeu mais de 3 mil vidas para a Covid-19 – tinha recebido a classificação vermelha, mas o governo estadual revisou os parâmetros nesta quarta-feira (09), quando reenquadrou a Capital e os outros municípios.
A medida foi tomada porque todas as macrorregiões do Estado têm mais de 90% dos leitos ocupados. Diante do colapso na saúde, Mato Grosso do Sul também passou a encaminhar pacientes para Rondônia e São Paulo por falta de leitos.