Eles foram detidos e encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil logo após o crime na madrugada de domingo (6), onde foram ouvidos e depois liberados porque o caso se trata de uma lesão corporal seguida de morte e não de homicídio.
Joilce Ramos, que esteve no local do crime assim que a Polícia Civil foi acionada, não encontrou nenhuma marca de tiro no corpo da vítima e a principal suspeita é que o empresário tenha morrido pela queda, quando bateu a cabeça na escada.
Ainda conforme a delegada, o dono da boate é quem teria tentado matar um dos clientes ao sacar a arma e efetuar dois disparos, um não acertou e o outro a arma falhou. Um dos clientes então tomou a arma da vítima, mas não efetuou disparo e, por isso, a linha de investigação é de legítima defesa.
Conforme o registro na Polícia Civil, Eduardo da Silva aproximou-se de um dos clientes e deu um soco no rosto, os outros dois amigos entraram na briga. Em seguida, o dono da boate sacou uma arma de fogo e efetuou um disparo à queima-roupa contra um integrante do trio, que continuou a briga a fim de tentar retirar a arma da vítima.
Outro integrante do trio conseguiu pegar a arma e apontou para outras pessoas no local para que não se aproximassem deles, caso contrário atiraria em Eduardo da Silva, nisso, a vítima já estava caída desacordada, porém não efetuou nenhum disparo contra ela.
O rapaz, ao sair do local, tentou desmuniciar a arma, deixando algumas cápsulas na frente da boate e levou a pistola para que ninguém perseguisse o trio. Ao chegarem no hotel onde estavam, os três avisaram o recepcionista para que acionasse a Polícia, pois se envolveram em uma briga e que estava com a arma do agressor e queria entregá-la.
Com a chegada da Polícia ao hotel, o trio se apresentou desarmado e disse que a arma estava no apartamento. O primo de Eduardo da Silva, que trabalhava na boate, contou que viu quando dois dos três jovens chutaram a vítima caída.
Os três foram ouvidos na delegacia e, no registro da Polícia Militar, a informação, segundo o primo da vítima, era de que os três homens chegaram ‘mexendo’ com algumas meninas que estavam pelo local acompanhadas de outros homens.
Ao ver a situação, Eduardo da Silva teria ido até o trio informar que ali não poderia ter tal atitude com as mulheres acompanhadas. Nesse momento, teria iniciado uma discussão, quando o dono do local sacou uma arma de fogo, Pistola Taurus, calibre 9 mm, e efetuou um disparo para cima, no teto, para intimidar os rapazes, mas eles logo partiram para cima do empresário, o empurraram e jogaram ele no chão.
Um dos três teria chutado a cabeça da vítima. Ainda segundo o relato da testemunha, outro rapaz teria pego a arma do empresário, que caiu ao chão e apontando aos outros frequentadores, mandando que eles se afastassem e se ajoelhassem.
Do lado de fora do estabelecimento, ele teria tentado retirar as munições do carregador, deixando cair 6 munições, que foram recolhidas pela perícia. Uma equipe do GOI também esteve no local, assim como Perícia, Polícia Civil e Polícia Militar.