Chacina na terra sem lei: População protesta contra violência e seis brasileiros seguem presos

Em uma operação policial realizada ontem (11) em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), foram presos seis brasileiros envolvidos na chacina com cinco mortos ocorrida na madrugada de sábado (9).

Enquanto isso, os moradores de Pedro Juan Caballero saíram às ruas da cidade para pedir mais segurança na fronteira, portando balões brancos e faixas com imagens de alguns dos alvos de ataques na região.

Os presos pela Polícia Nacional do Paraguai foram os brasileiros Hywulysson Foresto, Juares Alvers da Silva, Luis Fernando Armani e Silva Simões, Gabriel Veiga de Sousa, Farley José Cisto da Silva Leite Carrijo e Douglas Ribeiro Gomes.

Na casa onde eles estavam, os agentes do Departamento de Investigações também apreenderam um Fiat Uno cinza, um Gol branco e um Palio prata, todos com placas brasileiras, além de três placas de outros veículos, celulares, jóias e 74 gramas de maconha.

A operação foi comandada pelo diretor do Departamento de Investigações, comissário geral Cesar Silguero Lobos, e envolveu investigadores da Polícia Nacional e até do departamento antinarcóticos. Os promotores de Justiça José Luis Torres Peña, Reinalda Palacios e Sandra Díaz acompanharam a ação.

Protesto

No protesto, os moradores de Pedro Juan Caballero queixaram-se dos altos índices de violência na cidade e do medo que sentem de sair às ruas. O convite para a manifestação foi feito pelo próprio governador de Amambay, Ronald Acevedo, que perdeu a sua filha, Haylée Carolina Acevedo Yunis, 21 anos, durante o ataque dos pistoleiros.

Ele também participou do protesto e cobrou ação das autoridades. “Que a polícia faça o seu trabalho e o Ministério Público faça o seu trabalho para que possamos condenar e passar a ter um departamento (estado) em paz”, comentou.