Caso Ronaldinho: Juiz ordena captura internacional de empresário brasileiro que está foragido

O juiz paraguaio Gustavo Amarilla ordenou, ontem (22), a captura internacional do empresário brasileiro Wilmondes Sousa Lira, que fugiu no dia 5 de dezembro da prisão domiciliar que cumpria em Assunção, capital do Paraguai, por envolvimento na falsificação de documentos e que provocaram a prisão do ex-jogador de futebol brasileiro Ronaldinho Gaúcho e do irmão Roberto Assis no país vizinho.

O esquema de falsificação de documentos paraguaios eram chefiado pela empresária paraguaia Dalia López, que também está foragida, e teria uma conexão com o deputado Freddy D’Ecclesiis. A fuga de Wilmondes Lira, apesar de ter ocorrido no dia 5 de dezembro, só foi descoberta pelas autoridades paraguaias no dia 18 de dezembro, quando ele não compareceu para uma audiência na Justiça.

Ele cumpria prisão domiciliar no Edifício The One e chegou ao Paraguai no dia 4 de março na comitiva de Ronaldinho Gaúcho e Roberto Assis. Wilmondes Lira vivia no local desde junho deste ano, quando o Tribunal de Apelações revogou a prisão comum e determinou a transferência dele para uma prisão domiciliar.

Antes de fugir do Edifício The One, o empresário brasileiro denunciou ao Ministério Público do Paraguai a participação no esquema de falsificação de documentos o senador brasileiro Eduardo Gomes, da Frente Parlamentar Brasil-Paraguai, e o deputado federal brasileiro Fausto Pinato, da Frente Parlamentar Brasil-China. Em agosto deste ano, Ronaldinho Gaúcho e o irmão pagaram fiança para serem soltos no Paraguai e cumprirem no Brasil a pena de dois anos.