Caso Carla! Julgamento de monstro frio e assassino terá público na sexta-feira 13

O julgamento do auxiliar de pedreiro Marcos André Vilalba de Carvalho, 21 anos, assassino confesso da jovem Carla Santana Magalhães, de 25 anos, ocorrido na noite de 31 de junho de 2020 no Bairro Tiradentes, em Campo Grande (MS), terá público com a queda no número de casos de Covid-19 em Mato Grosso do Sul na próxima sexta-feira, dia 13.

A decisão é do juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, que decidiu abrir as portas do plenário para quem quiser acompanhar o julgamento, porém, familiares do réu e da vítima terão preferência na composição da plateia. “Adoto novas regras a serem seguidas no júri e noutros afetos ao Tribunal do Júri desta vara, tendo em vista que são públicos e, portanto, não sigiloso”, destacou o magistrado.

Das 116 cadeiras disponíveis, 20 poderão ser ocupadas, estabeleceu Pereira dos Santos. A plateia não pode se manifestar, nem usar camisetas, por exemplo, que possam influenciar na decisão dos jurados. O juiz destaca que outros “eventos” já podem ser realizados, agora que Campo Grande tem 38% da população imunizada contra a Covid e 58% com ao menos uma dose no braço. “Não mais se vivencia o momento crítico nesta Capital e no Estado sobre a pandemia da covid-19, inclusive, com flexibilização de muitos eventos, retorno do serviço público de forma gradual”.

Pereira dos Santos determina, contudo, que cuidados sejam mantidos. “As demais regras como uso de máscara, álcool, depoimentos, interrogatório, acompanhamento dos debates por videoconferência, etc, são as mesmas seguidas no cotidiano do júri”, anotou o juiz. Os julgamentos de crimes dolosos contra a vida foram suspensos em março do ano passado, quando a pandemia “aportou” em Mato Grosso do Sul, e só foram retomados em setembro de 2020, com muito mais limitações.

Réu confesso do brutal crime contra Carla Magalhães, Marcos André vai a júri no dia 13 de agosto, próxima sexta-feira. Conforme decisão do titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri, o acusado vai se sentar no banco dos réus para ser julgado por homicídio qualificado por feminicídio, motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, estupro, vilipêndio (estupro após a morte) e ocultação de cadáver.

Carla desapareceu na noite de 30 de junho do ano passado, no Bairro Tiradentes, em Campo Grande. A busca terminou em 3 de julho, em um cenário trágico: o cadáver da jovem apareceu nu, na calçada de um bar, na mesma rua onde ela sumiu. No dia 19 de julho, Marcos foi abordado por policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar, que encontraram vestígios de sangue dentro da quitinete onde ele morava, ao lado da casa da vítima. Responsável pela investigação, a equipe da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios) foi ao local e o prendeu. Com informações do site Campo Grande News