Agentes da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai) capturaram, no sábado (10), em Pedro Juan Caballero, cidade que faz fronteira com Ponta Porã (MS), Juana Carolina Vera González, que é cunhada do deputado colorado Freddy D’Ecclesia, por envolvimento com o tráfico de drogas.
Ela foi presa depois que os agentes verificaram que os aviões de sua propriedade e que estavam escondidos no hangar de Santani foram usados para transportar maconha e cocaína. De fato, duas das narcoavionetas estão registradas em nome da mulher, que é a esposa do narcotraficante Víctor Rubén D’Ecclesiis Giménez, irmão de Freddy D’Ecclesiis.
A prisão de Juana Carolina Vera Gonzalez, 35 anos, foi concluída pelos agentes especiais que compõem a Senad. A mulher foi localizada no Departamento de Amambay, onde vive com seu marido, o traficante Victor Raul D’Ecclesia Gimenez, que tinha sido preso com maconha no Uruguai e cumpriu uma pena por tráfico de cocaína no Paraguai.
Juana Carolina Vera González foi presa por ordem do promotor de Justiça Isaac Ferreira, o mesmo que no dia 27 de outubro comandou a blitz ao aeródromo privado “Falcão Peregrino”, onde sete aeronaves foram apreendidas por estarem operando de forma irregular, de acordo com Direcão Nacional da Aeronáutica Civil (Dinac).
A propriedade, que opera na cidade de Santani, Departamento de San Pedro, está registrada em nome da cunhada do deputado Freddy D’Ecclesia. A Senad confirmou que, dos sete navios que estavam escondidos no hangar da família D’Ecclesiis, dois estão registrados em nome de Juana Carolina Vera González.
Um deles, com registro ZP-TOM, testou positivo para cocaína, e o outro, com patente ZP-TKW, apresentou resultado positivo para maconha, de acordo com o microensaio a que foi submetido. Isso significa que, até pouco antes dessa invasão, os navios mencionados continuaram a operar no tráfico de drogas.
Outra das aeronaves encontrados no local, registrado ZP-BOO e estava em nome de Jorge Figueredo, na verdade já estava sendo observada pela Senad após voos constantes para a Argentina e Uruguai com carregamentos de drogas. Da mesma forma, os dois aviões com placas argentinas localizadas no hangar Santaní já tinham sido apreendidos com drogas em seu país de origem.