Capital consolida-se como principal rota para tráfico de cocaína da Bolívia para a Europa. Vai vendo!

Com os recentes casos de apreensão de cocaína no município, conforme as forças policiais especializadas no combate ao narcotráfico, Campo Grande consolidou-se como principal rota do tráfico de cocaína produzida na Bolívia para a Europa. O DOF (Departamento de Operações de Fronteira) revelou que para entrar em Mato Grosso do Sul a droga faz várias rotas, incluindo a fronteira do Paraguai com o Estado e o Pantanal Sul-Mato-Grossense.

Além da Europa, conforme o DOF, parte da droga fica nos grandes centros do Brasil, como São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Belo Horizonte (MG), enquanto a maioria é “exportada”, via portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR), bem como pelos aeroportos, para países do velho continente. Ele reforça que as apreensões da cocaína por via terrestre aumentaram depois que entrou em vigor a “Lei do Abate”, em 2020, permitindo à FAB (Força Aérea Brasileira) derrubar aviões clandestinos.

Última apreensão

A última grande apreensão de cocaína em Campo Grande foi graças a uma ação integrada entre o DRACCO (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) e a PRF (Polícia Rodoviária Federal), que retirou de circulação 326 quilos da droga avaliados em quase R$ 50 milhões. A ocorrência foi na Avenida Gunter Hans e o entorpecente estava escondido no caminhão de uma empresa de energia solar.

Conforme o DRACCO, em meio à abordagem, o motorista do veículo apresentou nervosismo e versões contraditórias sobre o propósito da viagem, o que acarretou na inspeção veicular na qual foi identificado um fundo falso na carroceria do veículo, momento em que o motorista admitiu o transporte de cocaína. Do mesmo modo, outro homem foi preso na operação.

O motorista do caminhão, de 34 anos, afirmou que pegou o veículo carregado com cocaína em Ponta Porã porque estava desempregado. Ele não era funcionário da empresa, sendo contratado apenas para fazer o transporte das placas de energia. De acordo com a Polícia, os dois envolvidos têm passagem policial por violação à Lei de Drogas, ao passo em que contam com mandados de prisão em aberto no Paraguai.

Segundo a delegada titular do DRACCO, Ana Cláudia Medina, a cocaína estava escondida embaixo da carroceria, que transportava painéis solares. Dividida em tabletes, a droga estava demarcada com símbolos, entre eles, Bugatti, carro de luxo e Pacer, veículo retrô. Ainda conforme a delegada, o entorpecente seria destinado para exportação.