Bigolin, chegou ao fim! TJMS impõe nova derrota a empresa, que terá de leiloar prédios, terrenos e produtos

O TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) impôs uma nova derrota aos proprietários da Rede de Lojas Bigolin, que terão de permanecer fechadas em Mato Grosso do Sul com a manutenção da falência. O grupo teve o agravo interno negado pela 2ª Câmara Cível do TJMS e, com o administrador judicial concluindo o levantamento do patrimônio da massa falida, o leilão de prédios, terrenos e produtos será realizado em, no máximo, seis meses.

Laudos anexados ao processo apontam que os materiais de construção e de casa, os bens móveis, possuem valor de mercado de R$ 2,218 milhões, porém, a expectativa é de que a liquidez no leilão fique em torno de R$ 1,581 milhão. A Justiça também deverá levar a leilão os cinco terrenos urbanos e os quatro prédios comerciais, que estão avaliados em R$ 13,8 milhões. O prédio principal da Bigolin, localizado na Rua 13 de Maio, está avaliado em R$ 10,1 milhões.

A falência da empresa foi decretada pela 2ª vez pelo juiz José Henrique Neiva de Carvalho e Silva, da Vara de Falências, Insolvências e Recuperações. Ele considerou que a venda do Centro de Distribuição, avaliado, em R$ 7,625 milhões, não seria suficiente para fazer frente à dívida da companhia. Além dos R$ 54 milhões declarados na época da recuperação judicial, a Bigolin deve mais de R$ 60 milhões apenas em tributos federais.

Desta vez, a empresa não conseguiu uma liminar para reabrir as portas. O desembargador Vilson Bertelli, relator na 2ª Câmara Cível do TJMS, negou o pedido de efeito suspensivo da sentença. Então, os advogados recorreram contra a decisão. A defesa alegou que o magistrado não poderia analisar sobre a viabilidade econômica do grupo.