Com essas mortes, o número de execuções na região chega a 40 somente neste ano, sendo 14 mortes em janeiro, 12 em fevereiro, 12 em março e 2 em abril. Os corpos estavam em propriedade vizinha à Fazenda San Jorge, onde Julio Aveiro e Esteban Valenzuela trabalhavam na construção de cercas quando desapareceram.
A identidade dos dois foi confirmada pela autópsia no necrotério do Hospital Regional de Yby Yaú. Conforme o tenente-coronel do Exército do Paraguai, Luis Aspeteguía, não há nenhuma indicação de que o local estaria nas mãos do EPP (Exército do Povo Paraguaio) e nenhum membro da quadrilha reivindicou a autoria do crime. “Portanto, o mais provável é que pistoleiros estejam envolvidos”, disse.
Os homens teriam sido executados no fim da madrugada de sábado, ou seja, horas antes de serem encontrados. Nos corpos, a perícia verificou perfurações de tiros de pistola calibre 9 mm na cabeça, sendo que ambos estavam com traumatismo cranioencefálico. Porém, Esteban Valenzuela teve dois ferimentos de tiro na região da cabeça, enquanto Julio Aveiro recebeu apenas um tiro.
O local onde foram encontrados fica a menos de 10 quilômetros de onde sumiram, sendo que os dois teriam saído para caçar com uma arma de fogo no dia 5 de março e, desde então, não foram mais vistos. No entanto, o desaparecimento só foi comunicado à polícia seis dias depois pelo administrador da Fazenda San Jorge, Marcos Eduardo Yáñez, que afirmou demorar por estar esperando alguma comunicação das vítimas.