O 1º Anuário Estadual de Mudanças Climáticas coloca Mato Grosso do Sul como o 8º estado brasileiro que mais emitiu carbono em relação ao próprio PIB (Produto Interno Bruto).
A lista é liderada por Acre, Rondônia, Mato Grosso, Pará, Maranhão, Tocantins e Piauí.
O anuário foi elaborado pelo cruzamento dos números do Seeg (Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa), iniciativa do Observatório do Clima, com o PIB, extraídos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística),
No caso do Estado, a atividade agropecuária teve influência sobre o índice. Os incêndios florestais também são citados. A organização do documento foi feita pelo Centro Brasil no Clima em parceria com o ICS (Instituto Clima e Sociedade) e apoio do Instituto Itaúsa.
“Nos estados amazônicos, temos emissão muito grande por causa do desmatamento e um PIB pequeno – o que leva ao índice maior. Isso demonstra que o desmatamento é uma atividade muito ineficiente, que gera muito pouca riqueza e bem-estar para a população”, disse William Wills, diretor técnico do Centro Brasil no Clima.
Mato Grosso do Sul emitiu 0,379 tCO2e para cada R$ 1000 em PIB produzidos em 2022. A medida considera toneladas de carbono equivalente, o potencial de aquecimento da atmosfera do conjunto de gases do efeito estufa. No ano anterior, essa emissão foi de 0,379 tCO2e.
Os índices do Acre, que está no topo da lista, são bem maiores: foram cerca de 2,5 tCO2e em 2022 e 2,4 tCO2e em 2021. Os resultados de Mato Grosso do Sul, Acre, Rondônia, Mato Grosso e Pará estão relacionados com PIB baixo e desmatamento, segundo o estudo.