A fábrica de seringas, localizada em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), onde caiu o helicóptero da Força Aérea Paraguaia (FAP) que estava operando para a Senad (Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai), informou ontem (22) que teve um prejuízo estimado de US$ 4 milhões com o acidente, que aconteceu na tarde de quinta-feira (21), quando a antiga aeronave modelo UH-1H sofreu uma pane.
O helicóptero, com 11 soldados a bordo, levantou voo da base da Senad em Pedro Juan Caballero e 
percorreu 160 metros em uma altura de 15 metros até que, após 20 segundos, caiu sobre o enorme armazém da indústria SR Productos para la Salud S/A. Felizmente, os quatro membros da tripulação e os sete fuzileiros da Força-Tarefa Conjunta (FTC) conseguiram sair da cabine a tempo, pouco antes de o helicóptero começar a pegar fogo.
O fogo se espalhou rapidamente porque a aeronave estava com o tanque ainda cheio de combustível. Além da mercadoria que estava no setor danificado, três veículos antigos pertencentes ao proprietário da fábrica de seringas, o brasileiro Luiz Antônio Saldanha Rodrígues, 73 anos, também foram destruídos. Os valiosos veículos consumidos pelas chamas eram um Ford do ano de 1920, outro similar, mas fabricado na Suíça, e um modelo Saurer de 1941, usado na 2ª Guerra Mundial (1939-1945).
O advogado da empresa afetada, Orlando Guardatti, comemorou que, apesar da intensidade do incêndio, não houve mortes. Ele também garantiu que a fábrica continuará operando e que nenhum trabalhador perderá o emprego. “Vamos ver o que pode ser recuperado. Haverá um trabalho minucioso de especialização e, depois, veremos quais ações tomar, uma vez que é uma grande perda para a empresa”, afirmou.
Aparentemente, os executivos da empresa afetada pelo acidente com o helicóptero aguardam a avaliação de sua companhia de seguros brasileira para depois saber quais prejuízos serão cobertos ou se o Governo do Paraguai terá que assumir as perdas. O helicóptero que caiu em Pedro Juan Caballero foi um dos quatro que operou por 10 dias na Operação Nova Aliança 21 da Senad.
A missão consistiu na erradicação de plantações de maconha ativas em várias regiões do Departamento de Amambay, que faz fronteira com Mato Grosso do Sul. As outras aeronaves utilizadas eram da Marinha do Paraguai e dois da Polícia Federal do Brasil. O helicóptero UH-1H da Força Aérea do Paraguai teve de voar 123 quilômetros até a base da FTC, na cidade conceitual de Arroyito.