Mesmo sem conceder reajuste aos servidores municipais há três anos e ter propagado o anúncio de corte de gastos, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), aumentou em R$ 122 milhões a folha de pagamento do município.
O único aumento no primeiro semestre foi o reajuste nos salários da prefeita Adriane Lopes (PP), da vice-prefeita Camilla Nascimento de Oliveira (Avante), dos secretários municipais e dos 470 detentores dos maiores salários.
O aumento da folha apesar da propaganda oficial de Adriane, de que cortou o pagamento de adicionais e gratificações e suspendeu promoções, intrigou os vereadores na audiência para prestação de contas.
Até o segundo quadrimestre, o gasto com pessoal somou R$ 2,208 bilhões, contra R$ 2,086 bilhões no mesmo período do ano passado, conforme a assessoria da Câmara Municipal. Apenas no segundo quadrimestre, o aumento foi de 14%.
A secretária municipal de Finanças, Márcia Helena Hokama, não citou o aumento no próprio salário de 63,7% em abril deste ano, quando saltou de R$ 11.619, 70 para R$ 19.028,90. De acordo com o Portal da Transparência, o salário de Adriane teve aumento de 26,70%, passando de R$ 21.263,62, em março deste ano, para R$ 26.943,05 em abril. Houve acréscimo de R$ 5.979,43 no subsídio da progressista.
A vice-prefeita Camilla Nascimento de Oliveira teve acréscimo de 40% no subsídio, de R$ 15.947,03 para R$ 22.334,53. Conforme o Portal da Transparência, o aumento engordou o vencimento da secretária de Assistência Social em R$ 6.387,50. Além disso, há um grupo de servidores abençoados que receberam por fora, por meio de uma folha que exige dados completos para ser acessada no Portal da Transparência.
No entanto, Márcia culpou os guardas municipais, que teriam tido reajuste de 20% em setembro do ano passado e 8% neste ano. De acordo com a secretária, os professores tiveram correção de 10% em setembro e de 5% a 10% em dezembro do ano passado. Ela ainda culpou os agentes de saúde e de endemias, com reajuste de 7,44%, que é custeado pelo Governo federal.