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No link acima veja a filiação do governador Eduardo Riedel
O governador Eduardo Riedel assinou na sexta-feira a ficha de filiação ao PP, conforme consta na sua certidão de filiação partidária, disponibilizada no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e hoje vai a Brasília (DF) para participar da convenção nacional do partido, às 8h (horário de Mato Grosso do Sul), no Auditório Petrônio Portela, no Senado, para sacramentar a federação União Progressista, formada pela legenda com o União Brasil.
Conforme apuração do Correio do Estado, durante o evento político na capital federal, Riedel anunciará oficialmente o ingresso nos quadros do Progressistas, para ocupar cargo de destaque na executiva nacional da legenda pela qual tentará a reeleição ao governo de Mato Grosso do Sul no pleito do próximo ano.
O governador já desembarca no PP com status de estrela e, de acordo com apuração da reportagem, deve ocupar uma das vice-presidências da executiva nacional da legenda. A oficialização de Riedel no Progressistas teve origem no trabalho incansável de sua aliada na política e amiga senadora Tereza Cristina, presidente estadual do PP e líder da sigla no Senado.
Na federação que será oficializada hoje em Brasília, Tereza também será uma das protagonistas e, apesar de o governador esconder a informação sobre sua ida ao PP a sete chaves, seu processo de filiação já estava adiantado há meses.
Entretanto, somente ontem foi informado ao presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, durante reunião em Campo Grande que teve a presença do ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente estadual do partido, mas que também trocará o ninho tucano pelo comando regional do PL, e dos deputados federais da legenda no Estado.
Riedel chega ao PP levando um outro aliado a tiracolo: o secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Rodrigo Perez. O governador faz um mandato de centro, mas com a aproximação das eleições deu uma guinada mais à direita em seus gestos pessoais.
Os sinais de correção de rota começaram com o apoio à anistia dos envolvidos nas manifestações repletas de vandalismo de 8 de janeiro de 2023 e, mais recentemente, com seu posicionamento contra a prisão domiciliar do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os gestos de Riedel foram o suficiente para que o PT, que ainda ocupa cargos em sua administração, anunciasse a saída do governo. Conforme fontes ouvidas pelo Correio do Estado, essa debandada dos petistas foi vista com bons olhos no Parque dos Poderes, pois poupou Riedel do trabalho de exonerá-los.
No PP, Riedel deve integrar uma ampla aliança de centro-direita para sua reeleição, que dará palanque a um candidato à Presidência da República da centro-direita. O PL, próximo destino de Reinaldo Azambuja, o PSD, o Republicanos e o Podemos, entre outros partidos de centro, estão neste arco de aliança.
Nas eleições de 2022, Riedel também integrava uma aliança de centro-direita, mas a disputa com o então deputado estadual Capitão Contar (PRTB) no segundo turno, na época mais alinhado à extrema direita, fez com ele tivesse votos decisivos de petistas para se eleger, obrigando o governador recém-eleito a abrigar parte da esquerda na sua administração.