Nas redes sociais, onde tem 880 mil seguidores, Juliano Ferro justificou o cancelamento a uma denúncia “dessa oposição suja, dessa oposição velha de Ivinhema”. Devido à investigação, ele diz que foi orientado pela assessoria jurídica da Prefeitura a cancelar a festa no próximo mês e deixá-la para novembro, data em que normalmente é realizada.
Com isso, ela acontecerá depois da eleição de outubro, quando Juliano Ferro tentará mais quatro anos de mandato. A denúncia da oposição suja à qual ele se refere resultou na abertura de dois inquéritos do MPE para apurar “eventual prática de promoção pessoal com emprego de recursos públicos em afronta a Constituição Federal e Lei de Improbidade Administrativa”.
De acordo com o promotor de Justiça Daniel do Nascimento Britto, “a participação do prefeito nos eventos não se resumiu apenas ao tradicional e aceitável cumprimento e felicitações aos presentes, mas foi muito além, contando com participação incomum, ocasiões que subiu ao palco para cantar e dançar junto com os artistas contratados, além de agir como uma espécie de animador dos eventos”.
Em um segundo inquérito, o promotor de Justiça abriu investigação para “apurar eventuais ilegalidades em processos de inexigibilidade de licitação para contratação de artistas pelo Município de Ivinhema nos anos de 2021, 2022, 2023 e 2024”. E, conforme a suspeita do promotor, o prefeito teria utilizado recursos públicos para organizar festas nas quais aparecia como “animador de eventos” somente para promoção pessoal.
No vídeo postado nas redes sociais, o prefeito pede perdão aos “comerciantes, hoteleiros, barraqueiros, empresários pelo estrago que nossa oposição faz, não a mim, mas à administração e aos nossos comerciantes”, que, segundo ele, já estavam preparados para a festa em abril. Com informações do Correio do Estado