Segundo o site Campo Grande News, eles alegam que a filha foi vítima da omissão e negligência dos gestores dos órgãos de segurança pública e atendimento à infância para pedir indenização por danos morais.
O pedido, segundo os pais, é uma forma de punir o poder público e servir de exemplo para que a rede de proteção à criança não volte a falhar. Os pais alegam ter enfrentado “homofobia institucional” ao tentar denunciar o que acontecia com a menina.
Eles argumentam ainda que não bastasse a inércia dos órgãos responsáveis por investigar a situações reclamadas, depois da morte da criança, no dia 26 de janeiro do ano passado, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul incentivou contra eles verdadeiro “linchamento virtual”.
A ação de indenização, que vinha sendo preparada pela advogada Janice Andrade, contratada pelos pais de Sophia para auxiliar o MPE (Ministério Público Estadual) a condenar os acusados de matar a garotinha há meses, foi protocolada ontem (4), também como reação à enxurrada de denúncias feitas contra a assistente da acusação.
Os pais saíram em defesa da advogada e enviaram nota à imprensa informando que processariam o poder público. “Informamos também que hoje estamos entrando com uma ação indenizatória contra o Estado e Município para reparação dos danos causados à nossa filha Sophia e a nós devido a omissão, negligência e descaso.
Importante informar que foi feito todo um levantamento de documentação e dados, não restando dúvidas do tamanho do descalabro da omissão estatal, assim sendo, se tem a necessidade de que quando o Estado falhar, o ente público tem o dever de indenizar.
E sim, não haverá como voltar no tempo. Não tem como trazer nossa filha de volta à vida, mas o Estado e o Município têm que ser punidos a fim de evitar novas Sophias”, diz o texto.