Caso Sophia! Pais acionam poder público por omissão que levou menina à morte. Vai vendo!

Jean Carlos Ocampo da Silva, pai biológico de Sophia Ocampo, a garotinha de 2 anos e 7 meses morta há pouco mais de 1 ano em Campo Grande (MS), e o marido dele, Igor de Andrade, que se considera pai afetivo da garotinha, foram à Justiça contra o Estado e o município de Campo Grande.

Segundo o site Campo Grande News, eles alegam que a filha foi vítima da omissão e negligência dos gestores dos órgãos de segurança pública e atendimento à infância para pedir indenização por danos morais.

O pedido, segundo os pais, é uma forma de punir o poder público e servir de exemplo para que a rede de proteção à criança não volte a falhar. Os pais alegam ter enfrentado “homofobia institucional” ao tentar denunciar o que acontecia com a menina.

Eles argumentam ainda que não bastasse a inércia dos órgãos responsáveis por investigar a situações reclamadas, depois da morte da criança, no dia 26 de janeiro do ano passado, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul incentivou contra eles verdadeiro “linchamento virtual”.

A ação de indenização, que vinha sendo preparada pela advogada Janice Andrade, contratada pelos pais de Sophia para auxiliar o MPE (Ministério Público Estadual) a condenar os acusados de matar a garotinha há meses, foi protocolada ontem (4), também como reação à enxurrada de denúncias feitas contra a assistente da acusação.

Os pais saíram em defesa da advogada e enviaram nota à imprensa informando que processariam o poder público. “Informamos também que hoje estamos entrando com uma ação indenizatória contra o Estado e Município para reparação dos danos causados à nossa filha Sophia e a nós devido a omissão, negligência e descaso.

Importante informar que foi feito todo um levantamento de documentação e dados, não restando dúvidas do tamanho do descalabro da omissão estatal, assim sendo, se tem a necessidade de que quando o Estado falhar, o ente público tem o dever de indenizar.

E sim, não haverá como voltar no tempo. Não tem como trazer nossa filha de volta à vida, mas o Estado e o Município têm que ser punidos a fim de evitar novas Sophias”, diz o texto.