Ataque à democracia: MS é 2º Estado com mais financiadores dos atos antidemocráticos em Brasília

Palácio do Supremo Tribunal Federal destruído, após distúrbios antidemocráticos no ultimo domingo

As investigações do setor de inteligência do Ministério da Justiça apontaram que os Estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo são os que mais têm financiadores identificados até o momento os responsáveis por planejar, executar e financiar os terroristas que invadiram e depredaram os prédios do Palácio do Planalto, do STF (Supremo Tribunal Federal) e do Congresso Nacional em Brasília no dia 8 de janeiro.

 

A investigação considera como financiador qualquer cidadão que tenha pago por transporte, alimentação e outros itens utilizados pelos manifestantes que invadiram as sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do Governo Federal. Durante coletiva, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, revelou que os primeiros financiadores a serem identificados foram os que pagaram pelos ônibus, que transportaram os vândalos a Brasília.

 

Ele declarou que a pasta tem investigação em curso, que ainda vai ter muitos desdobramentos. Já foram identificados os primeiros financiadores, sobretudo em relação aos ônibus: aqueles que organizaram o transporte, que contrataram os veículos. Ainda segundo Dino, o perfil dos financiadores é variado, e contempla desde pequenos comerciantes a grandes empresários do agronegócio e colecionadores de armas.

 

Até o momento, há a confirmação de que os investigados pertencem a 10 unidades federativas do país. Os estados com mais financiadores já identificados, até o momento de publicação desta matéria, são: 1º Paraná; 2º Mato Grosso do Sul; 3º São Paulo; 4º Santa Catarina; 5º Minas Gerais; 6º Mato Grosso; e 7º Goiás.

 

Todos os dados levantados pelo setor de inteligência estão sendo compartilhados com a Polícia Federal. Os financiadores poderão responder por associação criminosa e prática de crimes contra o Estado Democrático de Direito, por tentar destituir um governo legitimamente eleito, entre outros delitos previstos no Código Penal brasileiro.

 

O Ministério da Justiça possui um contato para a denúncia de financiadores dos atos antidemocráticos. Até o momento, foram feitas mais de 60 mil denúncias, que devem ser investigadas. As informações podem ser enviadas para [email protected].