Julio Maekawa ainda informou que apenas entre 6 e 8 horas do dia, período em que não ficava na caixa registradora, ligava a câmera instalada no local. Com as câmeras instaladas, o filho da cunhada, um adolescente, também teria sido filmado, mas, segundo o comerciante, sem intenção. O suspeito revelou que comprou as câmeras pela Internet e, no princípio, elas estavam instaladas somente na casa dele, mais precisamente no banheiro da edícula onde a cunhada ficava.
Depois, resolveu usar as câmeras na lanchonete, na caixa registradora e no banheiro feminino do estabelecimento comercial. O empresário relatou que “está arrependido” e que teve essa atitude “por arte de criança”. Ele disse ainda que tinha apenas curiosidade sobre como as câmeras funcionavam, sem intenção de divulgar ou vender as imagens, sendo que, há aproximadamente um mês, as câmeras já não funcionariam mais.
Segundo a delegada de Polícia Civil Ana Luiza Noriler, não houve situação de flagrante durante a diligência e, por isso, ele prestou esclarecimentos e foi liberado, mas terá de responder ao inquérito em liberdade. As duas funcionárias da lanchonete também foram ouvidas e foi feita a perícia nos equipamentos apreendidos.
A câmera que ficava abaixo da caixa registradora foi descoberta pelas funcionárias na semana passada, quando o comerciante deixou o celular de uso comercial na lanchonete e viajou. As duas então viram os vídeos no aparelho e acionaram a Polícia. Segundo elas, tinham muitos vídeos do banheiro no aparelho. “Nós ficamos assustadas, com vergonha. Vimos os vídeos de várias mulheres. Só não vimos os nossos”, disse uma delas, informando que tinham vídeos gravados desde 2018.