Segundo informações da PF, o insumo foi apreendido no pátio de uma empresa de transporte de cargas, após ter sido transportado por cinco caminhões de uma empresa fornecedora do Estado de São Paulo. O insumo em questão é o acetato de etila e, de acordo com os peritos criminais da PF, trata-se de uma substância que está presente em mais de 87% das amostras de cocaína apreendidas no Brasil.
Com um valor estimado de R$ 3 milhões, a substância teria como destino uma empresa boliviana localizada na cidade de Santa Cruz de La Sierra. A PF localizou o insumo após uma fiscalização em que constataram a irregularidade no transporte e recebimento da carga. Conforme informado, surgiram, inicialmente, suspeitas sobre a empresa compradora do produto na Bolívia, levando-os a investigar o transporte realizado.
Todos os autuados poderão responder tanto administrativamente quanto criminalmente, de acordo com suas responsabilidades, por infringirem o disposto na Lei 10.357/200. O insumo de acetato de etila permite que traficantes produzam cloridrato de cocaína com alto grau de pureza. O produto consiste em solvente volátil, sendo facilmente produzido industrialmente ou em laboratórios acadêmicos, a partir da reação de ácido acético com etanol, em presença de ácido sulfúrico.
Em setembro de 2021, uma investigação da Polícia Federal e da Receita Federal culminou na maior apreensão em quantidade de acetato de etila já feita em território brasileiro, até o momento. O produto era distribuído em cinco caminhões, em barris cheios do produto químico, destinados a atravessar a faixa de fronteira entre Corumbá e Puerto Quijarro. Nessa grande apreensão, foram encontrados 130 mil quilos de acetato de etila, com valor de aproximadamente R$ 1 milhão no mercado ilegal.
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