Por falta de acessibilidade, MPE pede nova interdição do Parque Laucídio Coelho. Lá é só problema!

A realização de eventos no Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande (MS), está seriamente comprometida. De acordo com o site O Jacaré, o MPE (Ministério Público Estadual) voltou a solicitar que a Justiça obrigue a Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) a adequar o espaço para as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

No passado, o MPE já tinha pedido a interdição do local por descumprir a legislação ambiental e, agora, essa nova questão se arrasta desde abril de 2019, quando o promotor de Justiça Eduardo Franco Cândia pediu a concessão de tutela antecipada para suspender todas as atividades.

O Parque de Exposições Laucídio Coelho não tem rampas de acesso, calçadas com piso tátil, bancos de descanso no percurso internado, espaço para cadeira de rodas na venda dos ingressos, entre outros. Para acabar com a série de obstáculos e martírios para portadores de deficiência, o MPE ingressou com pedido de tutela de urgência para obrigar a Acrissul a adotar as medidas para garantir acessibilidade.

O pedido para suspender as atividades foi renovado nesta semana pelo promotor e será analisado pelo juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano realizou a inspeção no dia 21 do mês passado e os técnicos constataram que nenhuma das exigências foram cumpridas.

A Acrissul repete a novela das exigências feitas na área ambiental, que levou a uma queda de braço com o MPE e a Justiça para se adequar à legislação vigente. O impasse foi um dos motivos para o tradicional evento Expo MS mudar de local, indo para o Estádio Morenão. O pedido de interdição do Parque de Exposições se transformou em principal arma para obrigar a Acrissul a se adaptar aos novos tempos.