Com pretensão de sair candidato nas próximas eleições, o ex-governador André Puccinelli (MDB) sofreu uma nova derrota na Justiça com relação aos crimes de corrupção quando esteve à frente da administração estadual. Agora, o desembargador Paulo Fontes, do TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), negou a concessão de liminar para suspender o julgamento dele pelos desvios na rodovia estadual MS-430.
Segundo o site O Jacaré, a defesa do emedebista ingressou com habeas corpus contra decisão que limitou a perícia apenas ao trecho das obras executadas pela Proteco, do empresário João Amorim, onde foram constatadas as irregularidades. Com a decisão, a audiência de instrução e julgamento do ex-governador começa no dia 21 deste mês na 3ª Vara Federal de Campo Grande.
Além do superfaturamento na obra, Puccinelli, junto com o ex-secretário estadual de Obras, Edson Giroto, Amorim e outros, vão ser julgados pela inclusão de dados ideologicamente falsos no financiamento obtido junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Ao marcar o julgamento, o juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira acatou parcialmente o pedido de perícia.
O perito vai analisar apenas os 54 quilômetros executados pela Proteco. A defesa pediu que o trabalho fosse feito em toda a extensão de mais de 200 quilômetros da estrada entre São Gabriel do Oeste e Rio Negro. O pedido ainda será analisado pela 5ª Turma do TRF3. No entanto, a decisão monocrática do relator pode ser um sinal de que desta vez a turma não deverá intervir no processo a favor de Puccinelli.
Em abril de 2019, quando o emedebista estava prestes a ir a julgamento pelo suposto pagamento de R$ 25 milhões em propinas pela JBS, Fontes concedeu liminar para suspender a audiência. A 5ª Turma acabou corroborando com a decisão ao encaminhar o processo para a Justiça estadual.
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