Essa é a 2ª sentença condenatória do oficial, que foi preso pela primeira vez na “Operação Oiketicus”, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) em novembro de 2018. Conforme sentença do juiz Alexandre Antunes da Silva, da Auditoria Militar, o militar foi preso em flagrante por policiais do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) no dia 17 de novembro do ano passado.
Na ocasião, ele estava no carro dirigido por Felipe Hércules Alves Pereira. Eles transportavam 30 telefones celulares IPRO Opal 4S, 300 IPRO A30, 14 pacotes de cabos de antena e mais 400 cigarros eletrônicos. A detenção ocorreu em uma estrada vicinal entre o Assentamento Itamarati e a BR-463, usada por contrabandistas e traficantes. Na ocasião, o tenente-coronel identificou-se como oficial com a intenção de intimidar os policiais.
Na Polícia Federal em Ponta Porã, Felipe contou que ele e o tenente coronel foram contratados em Campo Grande para pegar os produtos em Pedro Juan Caballero para levar até uma loja em Dourados. Ele receberia R$ 1,4 mil pelo serviço. À Justiça, ele mudou a versão e confirmou a versão de Luiz Carlos, de que teria dado carona para o militar resolver um problema no assentamento rural.
O tenente-coronel PM foi comandante da Polícia Militar Rodoviária e integrou o DOF. Ele vai continuar preso e não poderá recorrer da decisão em liberdade. Em 2019, o oficial foi condenado a três anos em regime aberto por posse de munição de uso restrito que foram apreendidas em sua casa na Operação Oiketicus.
Ele não é o primeiro oficial condenado por envolvendo com o contrabando, já que o tenente-coronel PM Admilson Cristaldo Barbosa foi condenado três vezes após ser preso na mesma operação, enquanto o sargento PM Ricardo Campos Figueiredo foi condenado a mais de 20 anos por dar apoio a Máfia do Cigarro.