Vai ou não pra casa? Imol faz 20 exames em Fahad Jamil sobre pedido de prisão domiciliar

O pedido de prisão domiciliar feito pela defesa do empresário ponta-poranense Fahd Jamil Georges, 79 anos, mais conhecido como “Rei da Fronteira”, está fazendo coahm que ele passe por uma bateria de exames. Preso no Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) desde o dia 19 de abril, Fahd Jamil deixou a cela para passar por 20 exames.

Segundo informações do site Campo Grande News, os testes foram exigidos por perito do Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) para a conclusão de laudo que apontará se o réu da Operação Omertà tem saúde para ficar preso ou não. A defesa tenta desde antes do cliente se entregar à Polícia a troca da prisão preventiva em cadeia comum pela domiciliar.

A principal alegação dos advogados é que o “Rei da Fronteira” tem 79 anos de idade e é portador de doença pulmonar grave, respira com apenas 30% da capacidade de um pulmão, já que não tem o outro, retirado em razão de câncer. Para justificar o pedido, a defesa usou seis atestados de médicos diferentes. O responsável pela perícia judicial entendeu que seriam necessários exames completares uma vez que nenhum dos pareceres anexados ao processo era recente.

O empresário passou então por tomografias, ultrassom, ressonância, holter (que monitora o ritmo cardíaco com 24 horas), econocardiograma e outros testes que verificam a pressão arterial e as condições dos pulmões, além das análises laboratoriais de sangue. Com os dados nas mãos, profissional do Imol terá 5 dias úteis para concluir a perícia médica.

A partir daí, a Justiça vai decidir se acata o pedido de prisão domiciliar. Além da saúde frágil, a defesa do “Rei da Fronteira” também alega que ele está sendo ameaçado pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) e por isso não poderia ir para o sistema prisional.

Fahd Jamil ficou foragido por 10 meses, de junho do ano passado até o dia 19 de meio. É réu em três ações derivadas da Omertà, como chefe de organização criminosa que traficava armas, corrompia agentes públicos e matava pessoas para manter negócios escusos, segundo a denúncia do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado).