CONIVÊNCIA: Ministério Público investiga a ligação de motel com esquema de pedofilia na Capital

“PENSEM NAS MENINAS CEGAS INEXATAS….

PENSEM NAS MULHERES ROTAS ALTERADAS…

PENSEM NAS FERIDAS COMO ROSAS CÁLIDAS…”

Rosa de Hiroshima – Vinicius de Moraes.

 

Foi com esse trecho da poesia de Vinicius de Moraes que o Gaeco abre o procedimento investigatório sobre uma rede de pedofilia em Campo Grande.

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Reprodução TV Morena

A denúncia do MPE sobre um esquema  que envolve políticos e empresários da Capital revela ainda não só esse crime hediondo, mas uma rede que apoiava a acusada Rosedélia Alves Soares, sua filha Jorsiane Soares Correa e mais uma comparsa de nome Monica Matos de Souza.

Agora ao Ministério Público quer saber porque um dos motéis frequentados pelos clientes das duas facilitava a entrada de menores e chegava ao absurdo de fazer vigilância para que menores de idade fossem “comercializadas” de forma livre nos quartos do estabelecimento.

De acordo com o MP, um dos locais é o Motel Classic, localizado em Campo Grande na saída para São Paulo, próximo ao bairro Moreninhas, onde as cafetinas atuaram entre os anos de 2013 e 2015.

Nesse motel, Rosedélia, conhecida como Rose, dava assistência a um dos principais acusados de manter relação sexual com adolescente, o empresário e dono do frigorífico Terenos, José Carlos Lopes.

Veja detalhes da ação do empresário nos links abaixo:

https://blogdonelio.com.br/absurdo-acusado-de-pedofilia-patrocina-festas-para-desembargadores-juizes-e-varios-politicos/

https://blogdonelio.com.br/etica-acusado-de-pedofilia-recusa-mulher-casada-para-nao-estragar-familia-mas-com-crianca-pode/

motelclassic1 Na investigação, folhas 6, Rose e Jô sua filha forneciam roupas sensuais às aliciadas e as maquiavam, bem como as transportavam a motéis da região e entregavam aos clientes a vítima submetida ao meretrício para a consecução do programa sexual.

Rose era tão bem recebida no motel Classic que funcionários do estabelecimentos a chamavam para conferir o circuito interno de segurança para verificar “possíveis” ameaças de pessoas suspeitas que circulavam por lá. Eles tinham medo de policiais e a cafetina era quem monitorava pessoalmente as câmeras de segurança.

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Rose e Jô – Reprodução TV Morena

Agora o MP quer identificar quem eram os funcionários que facilitavam a entrada para os quartos. Em alguns dias Rose e sua filha Jô chegavam a ir várias vezes ao estabelecimento sem serem incomodadas. Os promotores pretendem descobrir se havia pagamento a esses funcionários e o que eles sabem sobre o esquema.

Além disso, as três acusadas em muitos episódios ficavam dentro do carro esperando que os clientes mantivessem relações comas a menores para só então deixarem o local.

Apesar do depoimento das menores elas revelarem que abaixavam para entrar no motel ou em outras vezes usarem identidades da Jorsiane, filha da Rose, os promotores acreditam que a conivência do motel existia de forma ampla.

Funcionários do motel já depuseram mas ninguém quis falar sobre o assunto.

Esse fato é regulado pela Lei Estadual Nº 2.413, de 2012, que dispõe sobre normas e procedimentos para prevenção e combate do abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. Segundo o artigo 8º, motéis, hotéis, pensões, boates, casas de espetáculos eróticos, casas de massagem devem afixar o aviso: “Exploração sexual e/ou maus-tratos contra crianças e adolescentes são crimes. Denuncie”. Também é obrigatória a apresentação de documento de identificação do usuário que quiser adentrar nos recintos dos estabelecimentos referidos.

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