PM “xerifão” que agrediu mulher ainda não foi ouvido pela Corregedoria. É brincadeira!

O 2º tenente PM André Luiz Leonel, que foi filmado no dia 26 de setembro espancando uma empresária algemada dentro do quartel da Polícia Militar em Bonito (MS), já foi transferido para Campo Grande, mas ainda não foi interrogado pela Corregedoria da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul). Apesar de o espancamento ter ocorrido há praticamente dois meses, só foi revelado no último sábado (21) após divulgação dos vídeos.

Conforme a assessoria da PMMS, o prazo para conclusão do inquérito é de 40 dias, podendo ainda ser prorrogado. O interrogatório é um dos últimos procedimentos do inquérito, portanto ainda não ocorreu, enquanto a vítima já esteve na Corregedoria na segunda-feira (23) e foi ouvida.

Na porta da Corregedoria, a vítima chegou a dizer que o policial é temido, uma vez que tem parentes de alta patente na PM. Um dos familiares do militar já atuou na Corregedoria, inclusive como escrivão no julgamento da tenente-coronel PM Itamara Romeiro, que aconteceu em 2019.

No entanto, ele esteve à frente da DGP (Diretoria de Gestão Pessoal) e na última semana foi realocado para a Deip (Diretoria de Ensino, Instrução e Pesquisa) da PM. Ele ocupava o cargo até junho deste ano, quando foi substituído e agora novamente retornou à diretoria.

Sobre tal fato, a assessoria da PM esclareceu que o cargo do militar não está acima da Corregedoria ou do oficial encarregado do inquérito. André Luiz Leonel foi transferido do Batalhão de Bodoquena para Campo Grande, por inconveniência.

A transferência foi publicada no Diário Oficial do Estado de ontem (24). Também foi publicado o afastamento, que conforme comunicado pela assessoria já havia ocorrido. Ele já respondia um processo por agressão na Corregedoria por fato parecido em outra ocorrência.

O militar também foi investigado pela 1ª Companhia Independente, unidade em que era lotado, por suposto excesso após abordagem que teve disparos de arma de fogo e tiro de bala de borracha.

No entanto, o inquérito concluiu que não houve transgressões por parte dele ou dos demais servidores envolvidos na ocorrência. O fato ocorreu em novembro de 2018.

Em novembro deste ano durante uma carreata de uma candidata à prefeitura da cidade de Bodoquena, ele teria pisado na cabeça de um rapaz que estava na rua. Imagens da agressão circularam na Internet.

O último fato ocorreu em setembro deste ano, quando ele foi flagrado pelas câmeras de segurança do batalhão agredindo uma mulher, que estava presa e algemada. O caso ocorreu após confusão em um restaurante de Bonito. Com informações do site Midiamax