Levantamento mostra que MS lidera ranking de ocupação de UTIs no País.

Foto: Midiamax
Levantamento da Folha de São Paulo aponta que os toques de recolher, lockdowns, criação de mais leitos e anúncio de megaferiados não conseguiram frear a alta demanda por UTIs para pacientes da Covid-19 no País. Dados de segunda-feira (05) mostram 21 capitais com mais de 90% dos leitos públicos de UTI ocupados com casos críticos da doença, um quadro recorde desde o início do levantamento em maio de 2020.

Campo Grande, Belo Horizonte, Rio Branco e Porto Velho têm lotação máxima nos leitos de terapia intensiva. Apenas duas capitais brasileiras encontram-se com taxa menor de 80% de uso, caso de Manaus (77%) e Boa Vista (48%). Mesmo com a habilitação de mais 170 UTIs e com uma semana de feriados antecipados para diminuir a circulação de pessoas pelo Estado, Mato Grosso do Sul não conseguiu reverter a superlotação de hospitais, que seguem com 106% de ocupação, ou seja, parte dos infectados não consegue leito.

A situação alarmante fez com que o HU (Hospital Universitário), de Campo Grande, destinasse praticamente todos os seus leitos aos pacientes com Covid-19. Em poucos dias, todas as 27 UTIs da instituição foram ocupadas, enquanto no HR (Hospital Regional), também da Capital, teve que contratar emergencialmente 50 profissionais temporários para atender a demanda crescente de atendimento.

A Covid-19 continua em alta em Mato Grosso do Sul, que, nas últimas horas, já contabilizou mais 59 óbitos. O número em ascensão coloca a média móvel superior as 50 mortes diárias por dia, conforme os dados disponibilizados no boletim epidemiológico nesta quarta-feira (07) pela SES (Secretaria Estadual de Saúde).

Desde o início da pandemia, 4.630 pessoas faleceram por causa de complicações da doença e a taxa de letalidade subiu para 2,1% de pessoas que morrem pela covid-19. Campo Grande liderou o índice negativo com 22 novas mortes. A cidade de Três Lagoas contou com 11 óbitos, Ponta Porã com 4, Itaquiraí com 3, Aquidauana, Corumbá, Ribas do Rio Pardo e São Gabriel do Oeste contabilizaram duas mortes cada.

Além disso, as cidades de Bonito, Brasilândia, Camapuã, Cassilândia, Coronel Sapucaia, Dourados, Jaraguari, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Sidrolândia com uma morte cada. Por outro lado, Mato Grosso do Sul conta com 224.697 casos confirmados e foram incrementados 1.488 novos testes positivos. Contudo, 1.236 testes estão em análise no Lacen-MS e outros 6.679 estão sem encerramento nas secretarias municipais.

A capital sul-mato-grossense teve 293 casos confirmados, Três Lagoas com 283 e Dourados 153 foram as cidades com maior número de pacientes infectados no virar do dia. A taxa de contágio está com 1,10 conforme a média dos últimos 7 dias.