Mortes continua nos boletins, mas em MS restrições ajudaram a barrar números. Será que funcionou?

Os 10 dias de restrições em Mato Grosso do Sul surtiram efeito para controle da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e, nesses dias, as mortes causadas pela doença caíram 49,5%. Foram 168 óbitos em todo o Estado, de 26 de março a 4 de abril. Apesar de alto, o número é quase metade do que foi registrado anteriormente na mesma quantidade de dias.

Os casos novos confirmados também diminuíram e estabilizaram levemente as infecções. Além disso, com os 10 dias de restrições, Mato Grosso do Sul teve queda de 11,9% dos novos infectados. Com esses dois fatores, a letalidade da Covid-19 no Estado caiu para 1,8% neste período.

O recorte para comparação é de 12 até 21 de março, os 10 dias anteriores às medidas restritivas de Campo Grande, já que as medidas da Capital também tiveram impacto no Estado. Durante a semana do ‘fecha tudo’ em Campo Grande, Mato Grosso do Sul registrou menos 11% de mortes causadas pelo coronavírus.

Apesar das quedas bruscas de novos casos e de mortes por Covid-19, o Estado ainda enfrenta superlotação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Assim, muitas pessoas disseminam posicionamentos que negam os efeitos imediatos das restrições extremas. Nas redes sociais, internautas comentam que as restrições “só enganam a população”. O negacionismo da gravidade faz com que mais desinformação se dissemine entre os cidadãos.

A alta taxa de ocupação dos leitos é causada pelo cenário crítico de circulação do vírus em que Mato Grosso do Sul se encontra. Caso não tivessem sido adotadas, a superlotação e quantidade de vítimas fatais da Covid-19 seriam mais graves no Estado. Com informações do site Midiamax