Caso Carla! Imagem de “luminol” mostra poça de sangue da vítima na casa do assassino

Em continuidade com as investigações do assassinato de Carla Santana Magalhães, 25 anos, na noite do dia 30 de junho deste ano no Bairro Tiradentes pelo servente de pedreiro Marcos André Villalba, 21 anos, a Polícia Civil divulgou imagens de luminol que mostram a poça de sangue da vítima na casa do homicida confesso.

De acordo com matéria publicada pelo site Campo Grande News nesta terça-feira (28), a substância faz vestígios de sangue “brilharem” no escuro e, nesse caso, a cor azul ficou bastante evidente no imóvel onde residia Marcos André, que foi preso no dia 14 de julho após confessar ter matado e, depois, violentado o corpo da jovem.

As imagens fazem parte do inquérito que está sendo montado pela Polícia Civil e foi entregue para análise do MPE (Ministério Público Estadual), que vai elaborar a denúncia contra o servente de pedreiro na Justiça. Ainda conforme o inquérito, ao prestar depoimento, Marcos André afirmou lembrar-se da roupa com que acordou, mas não de como matou a vítima.

No entanto, bastaram dois dias preso, para a alegada amnésia sobre o assassinato de Calar Santana desaparecer e o assassino recobrar, revelando ser um verdadeiro psicopata. No segundo depoimento prestado à Polícia, ele contou como matou a vizinha, informando que assassinou e estuprou a jovem depois de morta.

Segundo informações da Polícia Civil, na noite do dia 30 de junho Marcos André imobilizou a vizinha com um golpe chamado de “mata-leão” assim que ela chegou em casa e a arrastou para dentro do próprio terreno. Lá, ele levou a vítima até o quarto, onde a fez desmaiar e a matou com um golpe de faca na lateral do pescoço, o que provocou sangramento intenso e, por isso, a arrastou até o banheiro.

A versão do psicopata é comprovada pelo exame necroscópico feito no corpo da jovem, que encontrou grande corte, além de cinco perfurações do lado esquerdo e uma no direito do pescoço. O servente de pedreiro informou ainda que depois de deixar a mulher no banheiro, limpou o quarto e saiu de casa, foi até o patrão para pedir cadeado para o portão, pois havia perdido o que tinha horas antes e estava preocupado de deixar destrancado.

Por causa do horário, o patrão sequer mandou Marcos André entrar, só avisou que ajudaria com o cadeado no dia seguinte. Ele então voltou para casa, tirou a roupa de Carla Santana e lavou o corpo. Como a vítima ainda sangrava, decidiu amarrar um lençol no pescoço, para cobrir o ferimento e a estuprou no banheiro mesmo.

Depois de violar o corpo, levou a vítima para o quarto, enrolou em um cobertor e a colocou de baixo da cama. Conforme ele, a vizinha ficou no mesmo lugar até a madrugada do dia 3 de julho, quando percebeu que o movimento da rua e na casa da própria vítima tinha parado.

Dois dias se passaram, até que ele abandonou o corpo na varanda de um bar a poucos metros da casa e continuou tocando a sua vida como se nada tivesse acontecido, inclusive dormindo na mesma cama em que escondia a vítima. Só resolveu tirar Carla Santana quando começou a sentir o cheiro de decomposição muito forte.

Relatos da Polícia Civil dão conta que a crueldade o servente de pedreiro continua até mesmo depois da prisão, pois, quando foi abordado pela primeira vez pela Polícia Militar já como suspeito de envolvimento no crime, carregava um pedaço de tecido com sangue no bolso. Foi por conta disso que militares do Batalhão de Choque entraram na casa de Marcos e encontraram o lençol sujo de sangue, que foi utilizado para enrolar o pescoço da garota.

Ele também mostrou o tecido para policiais da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crime de Homicídio) e relatou, com naturalidade, que o sangue era seu mesmo, consequência do uso de um objeto feito por ele mesmo para se masturbar.

No entanto, os policiais encontraram resíduos de sangue por vários cômodos da casa e, só depois disso, o servente de pedreiro começou a confessar o assassinato. Falou que dias antes cumprimentou a vizinha e foi ignorado, por isso, ficou com raiva da mulher. No depoimento, afirmou ainda que o corpo pesava menos que os sacos de cimento que carregava nos ombros em obras.