Segundo o DRACCO, a diligência até o local do pouso forçado contou com o apoio da equipe da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Ponta Porã, que assegurou a preservação da área até a chegada da unidade especializada. A conjugação das evidências encontradas na aeronave (para-brisa e faróis quebrados, posição do pouso) com as incoerentes, inconsistentes e evasivas versões apresentadas pelo piloto, levou à classificação do sinistro como de natureza criminosa.
Ciente de sua responsabilidade criminal, antes mesmo da chegada da equipe do DRACCO, o piloto se encarregou de descartar o GPS do helicóptero e de formatar o smartphone usado para falar com os “patrões” como um ato de desespero na busca por escapar do tirocínio da Especializada. Todavia, essas manobras não impediram a equipe de atribuir à performance implementada pela aeronave, características das narco operações, ou seja, voos baixos para evitar o controle aéreo, ausência de plano de voo, diário de bordo, dentre outros elementos.
Segundo a delegada Ana Cláudia Medina, o helicóptero estava tão próximo ao solo que atingiu a rede de alta tensão, o que obrigou o piloto a fazer o pouso forçado. Diante das evidências, o helicóptero foi apreendido e encaminhado, mediante suporte logístico da Delegacia Regional de Dourados para o hangar do DRACCO na Capital, onde será submetido a novos exames periciais. “Essa é mais uma ação da Polícia Civil, por meio do DRACCO, no curso da Operação Ícaro, que é realizada em caráter permanente, na repressão qualificada de crimes aeronáuticos”, declarou.