Vigilância Sanitária da Capital registrou crescimento de 60% nas denúncias contra clínicas de estética

A Vigilância Sanitária de Campo Grande registrou, de janeiro a novembro deste ano, um aumento de 60% nas denúncias contra clínicas de estética no município na comparação com o mesmo período do ano passado devido à crescente busca por procedimentos de embelezamento.

Se de janeiro a novembro de 2023 a Vigilância Sanitária recebeu 10 denúncias, no mesmo período deste ano foram 16, sendo que na comparação com 2022 o aumento é ainda maior, pois foram apenas 7 denúncias, ou seja, um crescimento de 129%.

A maioria das denúncias, conforme a Vigilância Sanitária, trata das péssimas condições de higiene, falta de transparência na apresentação dos tratamentos e profissionais sem preparo e autorização para realizar os procedimentos.

Ainda de acordo com o órgão de controle, existem 117 clínicas de estética oficialmente registradas em Campo Grande e, entre inspeções e retorno dos fiscais aos estabelecimentos, foram realizadas 489 ações, 18 autuações, 13 apreensões e descartes de produtos e uma interdição – medida tomada para os casos mais graves.

Entre os procedimentos mais comuns estão os invasivos, que utilizam instrumentos ou substâncias aplicadas por meio de incisões, perfurações ou inserções, como a aplicação de botox, o preenchimento facial e os bioestimuladores de colágeno.

A Vigilância Sanitária chama a atenção ainda para outro tratamento: a soroterapia, que é o uso de substâncias aplicadas na veia do paciente. A soroterapia requer um cuidado redobrado porque somente profissionais habilitados podem prescrever o tratamento e aplicá-lo, sendo que, em caso de intercorrências, há risco de morte.

Confira quais cuidados o consumidor deve tomar na hora de escolher uma clínica para a realização do procedimento estético:

  • Visitar o local antes para conferir as condições de higiene;
  • Consultar se o local tem a licença de funcionamento da vigilância municipal;
  • Verificar o registro da ANVISA nos cosméticos, medicamentos e substâncias utilizadas;
  • Conferir a licença profissional de quem vai fazer o procedimento;
  • Exigir que os profissionais que vão realizar o procedimento usem máscaras e luvas;
  • Os frascos, ampolas e embalagens devem ser abertos na frente do paciente, que pode pedir para conferir os rótulos;
  • Conferir a data de validade dos produtos;
  • Verificar se o estabelecimento tem aparelho de refrigeração para guardar os produtos e substâncias.

Serviço – Qualquer denúncia à vigilância sanitária do município pode ser feita pelo 0800 314 99 55 ou para saber se um produto ou equipamento é registrado na Anvisa basta consultar o link:  https://consultas.anvisa.gov.br/#/medicamentos/