O interno, que já foi apelidado de “Detento Tiktoker”, faz postagem de dentro da Máxima, demonstrando que o sinal 5G funciona sem restrições dentro do presídio.
Com a conta mantida na rede social Facebook, o presidiário posta fotos no pátio da Máxima, dentro da cela, junto de outros encarcerados. Em janeiro deste ano, ele fez uma postagem parabenizando a filha pelo aniversário e pedindo desculpas por estar longe por um tempo.
As fotos publicadas em seus stories teriam sido postadas na semana passada e uma outra onde aparece com um colega de cela na noite desta segunda-feira (20). O detento influencer deu entrada no presídio em fevereiro de 2021 e tem passagens por associação criminosa, ameaça e evasão de custódia, porém agora está preso por narcotráfico.
Sem bloqueadores de sinal e sem combate efetivo da corrupção entre a cúpula de servidores, as cadeias de Mato Grosso do Sul se tornaram verdadeiros escritórios conectados com o mundo para detentos que comandam organizações criminosas a partir das celas da Agepen.
O Midiamax entrou em contato com a Agepen para saber sobre o detento influencer e a resposta veio por meio da seguinte nota oficial: “A Gerência de Inteligência da Agepen já havia identificado e realizado o processo de investigação necessário, bem como medidas administrativas vêm sendo tomadas”.
Esquema supostamente organizado em parceria entre presos faccionados e servidores da administração penitenciária corrompidos teriam transformado as ‘telecomunicações ilegais’ em negócio milionário nas cadeias da Agepen.
Para funcionar, o esquema aproveitaria brechas intencionalmente mantidas. Dessa forma, o acesso de empresas terceirizadas, a ‘vista grossa’ para o arremesso de pacotes para dentro dos presídios, a entrada de visitas e até mesmo de servidores que burlam revistas seriam os meios de colocar aparelhos celulares nas penitenciárias de Mato Grosso do Sul.
Portanto, não importa o tamanho da prisão, todas estariam comprometidas, mostram as inúmeras ocorrências policiais que apontam como mentores intelectuais detentos sob responsabilidade da Agepen. Isso sem falar dos constantes flagrantes de celulares e até explosivos ‘guardados’ pelos bandidos na segurança das cadeias.