Os vereadores Dr. Livio (União Brasil) e Dr. Victor Rocha (PSDB) lamentaram a situação da saúde pública em Campo Grande durante entrevista para a imprensa.
Vereador Dr. Lívio (União Brasil) mostrou preocupação sobre a grave situação da saúde na gestão de Adriane Lopes (PP).
Ele citou o escândalo do desvio de finalidade de R$ 156 milhões na Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) e elencou, entre outros pontos, uma situação igualmente grave.
”Campo Grande perdeu a regulação [urgência e emergência] do Hospital Regional e Hospital Universitário. Vai morrer gente na unidade de saúde”, alertou o vereador.
Livio reflete que é preciso fazer as denúncias e cobrar solução. “A gente precisa fazer com que a prefeita Adriane encare isso como uma realidade”, comentou o médico.
Na visão dele, a prefeita tem boa vontade de agir, mas que não basta somente intenção. ”A Câmara Municipal está à disposição para que isso aconteça, só que isso depende muito do executivo… se o executivo ficar inerte e ‘vendo a banda passar’ a gente não vai a lugar nenhum”, desabafou.
O Dr. Victor Rocha, que também é médico, criticou a falta de medicamentos e equipamentos nas unidades de saúde, as UBS e USFs. Ele classificou o atendimento primário como ”essencial” e, não tendo estrutura suficiente, gera demasiados transtornos, que desaguam na superlotação de hospitais e UPAs.
”Poxa, o sujeito tá com uma dor de garganta, mas aí tem que marcar consulta para daqui dois meses… não dá, tem que ser atendido na hora. Daí ele vai para uma UPA e a deixa superlotada”, reforçou.
O problema maior na visão de Rocha é a falta de gestão. Ele cita que a falta de contratos desatualizados do município com hospitais gera uma situação de caos. Ele citou o problema da Santa Casa, que de vez em quando suspende atendimentos pelo SUS justamente por falta de contratualização assertiva.